GOVERNO
DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA
DE EDUCAÇÃO
GRE
METROPOLITANA SUL
ESCOLA
SATURNINO DE BRITO
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Jaboatão dos Guararapes
APRESENTAÇÃO
A Escola Saturnino de Brito, estabelecimento de ensino que
oferece a comunidade, Ensino Fundamental em extinção, Educação de Jovens e
Adultos e Ensino Médio, sendo oferecida nos três turnos manhã, tarde e noite.
Localizada na Estrada da Batalha s/n
- Prazeres – Jaboatão dos Guararapes, O estabelecimento de ensino foi criado
com finalidades educacionais em 1974 através da portaria de nº 3433-74
publicado no D.O. E de 01 de fevereiro de 1975.
A Escola foi criada para atender á
demanda em idade escolar, proporcionando melhores condições de acesso, e
atender a comunidade da localidade e de bairros vizinhos como: Jardim Jordão,
Jordão Baixo, Guararapes, centro de Prazeres, Massangana e Piedade. A mesma
visa oferecer aos alunos formação integral, através do Ensino Fundamental,
Educação de Jovens e Adultos e Ensino Médio.
A Escola Saturnino de Brito recebeu
este nome em homenagem a um dos maiores engenheiros e sanitaristas brasileiro,
Doutor Saturnino de Brito. Francisco
Saturnino Rodrigues de Brito nasceu no dia 14 de julho de 1864, em Campos,
estado do Rio de Janeiro, e faleceu em 10 de março de 1929, aos 65 anos de
idade, em Pelotas, enquanto vistoriava obras de saneamento que ele projetara
para a cidade.
Saturnino de Brito fazia parte
do que Ferreira definiu como "os politécnicos" categoria intelectual
que incluía tanto os bacharéis em ciências, quanto os engenheiros formados na
antiga Escola Central e na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Os
politécnicos se reconheceriam a partir de uma matriz ideológica comum, fundada
no positivismo e pautada na relação entre a modernização do país e o
desenvolvimento científico. Estes grupos eram conhecidos como
"missionários do progresso", homens de ciência que iriam salvar a
nação. Eles eram vistos como portadores de um saber objetivo, oposto ao saber
livresco baseado na retórica, característico dos bacharéis. Influenciados pelo
positivismo, consideravam-se eles próprios responsáveis pela direção e
encaminhamento das reformas necessárias ao progresso e à civilização do país.
Rigoroso na racionalidade
funcional, na técnica e na economia, publicou diversos artigos no Brasil e no
exterior todos envolvendo a consciência sanitária. Através de suas obras procurou inserir
na nascente ordem republicana, uma nova concepção de higiene, esclarecendo
dúvidas no que diz respeito às novas práticas sociais e ao uso das novas
instalações sanitárias. Desta forma, o urbanismo sanitarista brasileiro tem no
engenheiro Saturnino de Brito o seu pioneiro. A grande ressonância e a
influência de suas obras e ideias possibilitaram a criação de uma forma urbana
original, cujo elemento norteador e de maior destaque era o saneamento. Estabelece-se a partir de seus
trabalhos, então, uma nova forma de pensar as cidades, criando-se um novo
vocabulário, um novo método de observação e análises para resolverem os
problemas da cidade moderna. Assim, através de seu urbanismo sanitarista as
principais cidades brasileiras, das três primeiras décadas do século XX,
adquiriram novas formas que marcaram de modo decisivo suas estruturas urbanas
até os dias atuais. Sanear, prever e embelezar, tornar as cidades sadias,
planejadas e formosas, eis, portanto, os objetivos principais das intervenções
urbanísticas realizadas por Brito ao longo de sua trajetória.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME DA ESCOLA: Escola Saturnino de Brito
LOCALIZAÇÃO: Avenida Estrada de Batalha – s/n -
Prazeres – Jaboatão dos Guararapes – Jaboatão dos Guararapes/PE. CEP:
54.315.010
PONTO DE
REFERÊNCIA: Em frente ao
semáforo da Avenida Armindo Moura, sentido ao bairro de Piedade.
CADASTRO:
INEP:
MODALIDADE DE ENSINO: Ensino fundamental 9º ano e Ensino
Médio; Modalidade EMEJA - Educação em Ensino Médio para Jovens e Adultos.
NOS TURNOS: Manhã, Tarde e Noite
INTRODUÇÃO
O Projeto Pedagógico é um documento em que se definem os objetivos da
ação e das linhas gerais a serem seguidas na Escola Saturnino de Brito. Nesse
projeto estão definidas as diretrizes do processo de ensino-aprendizagem e os
rumos da escola, considerando a realidade de seus estudantes e as expectativas
e possibilidades concretas de formação de cidadãos.
JUSTIFICATIVA
A situação política, social e
econômica exige da escola o cumprimento de seu papel no sentido da aquisição e
apropriação dos conhecimentos necessários a inserção de todos os cidadãos,
contribuindo para a autonomia do sujeito, para que possa intervir no seu
entorno social atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao
ser humano.
Considerando a formação do ser
humano pressupõe que este participe dos frutos do trabalho e então há que se
garantir que a escola veicule representações ideológicas alicerçadas na
solidariedade, na coletividade e na preservação do meio ambiente.
MISSÃO: Promover uma educação que celebre a
vida oportunize o desenvolvimento de qualidades humanas, vivencie valores e
cidadania, respeite as diferenças, atuando como escola comunitária que
considere as transformações sociais, alimentando os sonhos, abrindo caminhos e
garantindo condições para a construção do conhecimento.
OBJETIVO GERAL
Melhorar a qualidade de ensino, buscando formar cidadãos
capazes de intervir na realidade social, resgatando a sua autoestima, suas
potencialidades através de hábitos, habilidades e atitudes possibilitando seu
ingresso no mercado de trabalho.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Envolver todos os segmentos da escola no planejamento de
atividades culturais;
Incluir os alunos portadores de necessidades especiais ao
Ensino Regular;
Atuar com gestão democrática, participativa, transparente,
que possibilite a reivindicações de diversos níveis;
Valorizar os profissionais que atuam na escola;
Vivenciar os temas transversais: meio ambiente, orientação
sexual, drogas, valores éticos, paz na escola;
Incentivar a relação Escola x Comunidade;
Resgatar a autoestima do grupo, fazê-lo acreditar nas
possibilidades de intervenção na realidade;
Incentivar a leitura e a escrita de forma crítica, organizada
e prazerosa, em todas as áreas de conhecimento;
Reunir pais e mestres para discutir sobre o desempenho do aluno.
PROBLEMAS DETECTADOS
Deficiências na construção do ensino e aprendizagem;
Baixa média;
Ausência de professores e funcionários
por motivos variados
(dispensa para cursos, licença médicas, readaptação de função e outros);
Indisciplina dos alunos.
METAS
·
Buscar
novas alternativas que possibilitem suprir deficiências, para que se possa
avançar dentro do processo de ensino-aprendizagem;
·
Promover
encontros, grupos de estudo, trocas de experiências, palestras, tornando-se um
núcleo de experimentações e pesquisa geradora de conhecimento;
·
Incentivar
a atuação de alunos monitores que desenvolvam um trabalho articulado com o
professor em benefício da comunidade escolar;
·
Trabalhar
com os discentes valores humanos e éticos que minimizem a violência e
indiciplina na escola.
·
Elaborar
um currículo que atenda às necessidades do aluno;
·
Reunir
o corpo docente e coordenador de apoio e gestores para avaliação sistemática a
fim de buscar soluções para os problemas detectados;
·
Promover
intervenção pedagógica aos alunos de baixo rendimento;
·
Encontro
com as famílias e plantão pedagógico;
·
Inserir
toda comunidade escolar as tecnologias disponíveis na escola.
AÇÕES
# Envolver
todos os professores nas capacitações, cursos, encontros oferecidos pela SE /
GRE / NTE, NEL;
# Apoiar e
implantar projetos em desenvolvimento na escola, que envolvam toda a comunidade
escolar;
# Formação
e participação dos estudantes colaboradores e professores de apoio, auxiliando na
disciplina junto aos professores;
# Incentivar
e fazer a chamada para formação do Grêmio Estudantil;
# Cumprimento do Conteúdo
de acordo com aulas previstas e dadas;
# Intervenção pedagógica
através de Projetos proposto na PPP, que tenham como meta o desenvolvimento do
processo ensino/aprendizagem dos alunos (as) abaixo da média;
#
Cumprimento, pontualidade no preenchimento das cadernetas e SIEPE;
#
Registro das aulas atividades e Formação Continuada;
# Encontros e Reuniões
com Familiares;
# Aderir
aos Programas do Ministério e da Secretaria da Educação.
AÇÕES COMPLEMENTARES NA ESCOLA
* Mais Vida
Desafio:
Resgate da autoestima valores humanos, despertar talentos e dons, integrar
os/as estudantes, no meio social, cultural e tecnológico.
Justificativa: Entendemos que através da ludicidade,
artes e culturas temos como meta principal o significado e resgate da autoconfiança e cooperação, desenvolvendo oportunidade
interdisciplinar e ou
multidisciplinar.
Ações: Gincana Cultural; Jogos Interclasses; Olimpíadas da Matemática; Teatro;
Banda Marcial; Dança e Música; Roda de Conversa de temas transversais: ética; saúde; sexualidade e etc
Áreas de Conhecimento: Todas.
* Minha Escola Sustentável
– Educação Ambiental
Desafio: Manutenção do meio ambiente
Justificativa: A Educação Ambiental, enquanto
processo educativo por meio do qual o educador constrói valores sociais,
adquire conhecimento e toma atitudes voltadas à manutenção do meio ambiente,
ecologicamente equilibrado, contribui fortemente para a formação da cidadania
sócio ambiental e para adoção de novos comportamentos do educando em relação ao
meio ambiente.
Ação: Conferência; Seminário, Campanha, Mural.
Áreas de Conhecimento: Ciências e Tecnologias (Biologia, Física, Química)
* Expoleitura: Vivenciando a Leitura na Biblioteca Aderbal
Jurema
Desafio: Formação de leitores.
Justificativa: A realização desse projeto é uma ação
de incentivo a prática e eventos de leitura tendo como justificativa as
deficiências dos alunos em relação à leitura e a formação de leitores uma vez
que a leitura é pressuposto básico para o bom desempenho do aluno em qualquer
área do conhecimento. É também, parte integrante do projeto pedagógico e
da educação em geral. A biblioteca da escola é veículo de apoio na ampliação de
conhecimentos e se propõe a uma ação compartilhada visando uma integração:
·
professores de apoio pedagógico da biblioteca e
professores regentes;
·
entrega e recebimeto dos livros didáticos;
·
empréstimos de livros, individualmente e/ou em
pequenos grupos;
·
socialização de preferência literária;
·
incentivo
a formação de novos leitores uma vez que a leitura é pressuposto básico para o
bom desempenho de cada estudante, em qualquer área do conhecimento;
·
catalogação,
tombamento e organização dos livros e periódicos.
Ações:
– leitura de livro não didático
(Literatura Mundial);
– releitura na biblioteca;
- preenchimento da Ficha de Leitura com comentários
e opinião sobre a obra literária e uma citação direta (não deve contar o enredo
e nem o final do livro)
– expoleitura: mural, sarau, clube de
leitura;
– indicação da literatura lida;
- premiação aos alunos leitores assíduos.
- registros de código e livros, leitor,
turma data de empréstimo e devolução.
Áreas de Conhecimento:
Linguagens e Códigos (Ling. Portuguesa, Ling. Inglesa e Arte)
LABORAH - Laboratório
de História, Filosofia e Ciências Humanas
Desafio: exercício da cidadania
Justificativa: Para que o aluno exerça sua cidadania é necessário que seja
aguçado “o pensar humano” e desenvolver “o espírito crítico”, debruçar-se “sobre
a ciência” analisando as situações diversas na política, na ética e na
sociedade que está inserido, “levando o aluno a questionar o mundo em que se
encontra, transformando assim a sua realidade histórica”.
Ações:
1. Reunir semanalmente para discutir
temas filosóficos e Temáticas Legais tais como: Combate e Prevenção ao
“Bullying”, Estatuto da Criança e Adolescentes, Estatuto do Idoso, Símbolos e
Hino Nacional, Cultura afrobrasileira e Indígena, Informação, Combate,
Prevenção e Consequências sobre Drogas Ilegais e Entorpecentes; Diversidade de
Gêneros;
2. Oganizar arquivos virtuais
históricos, geográficos, filosóficos e antropológicos;
3. Apresentar periodicamente os
resultados de trabalhos realizados à comunidade;
4. Organizar um “fanzine” e um “blog”;
5. Elaborar e organizar um acervo
histórico e antropológico da escola.
Áreas de Conhecimento:
Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia)
Blogger: escolasaturninodebrito10@blogspot.com.br
Desafio: Compartilhamento
e Divulgação
Justificativa: Ferramenta do
mundo virtual, o blog é eficaz para compartilhar as ações pedagógicas, sendo útil para a equipe gestora
divulgar o projeto político-pedagógico, cotidiano escolar, informações e
temáticas sobre a educação, ampliar a discussão de conteúdos trabalhados em
sala de aula, a produção dos estudantes, além do mais, divulgar atividades
desenvolvidas na escola, além de interagir com outras instituições.
WhatsApp: Atividade
ESB
Desafio: Socialização do cotidiano
escolar entre os professores e gestão.
Justificativa: É Aprendendo que se
Ensina, portanto, para estimular a aula atividade dos professores regentes,
formou-se um grupo no “WhatsApp” através do compartilhamento de reflexões e
práticas pedagógicas, informações do blogger, ideias e opiniões do ensino e
aprendizagem e socialização do cotidiano escolar entre os professores.
Áreas de Conhecimento:
Todas
COMEMORAÇÕES VIVENCIADAS 2016
Carnaval
Páscoa (semana santa) Março 21 a 24;
História e Cultura Indígena: 19 de Abril;
Semana do Meio Ambiente – 1ª semana de Junho;
Festa Junina (São João); - última semana de junho;
Olímpíadas Rio 2016 (O Maior Evento Esportivo do Planeta) em Agosto
– Gincana Estudantil Cultura e Esportes Olímpicos;
Dia do Estudante – Agosto*- Gincana Estudantil Cultura e
Esportes Olímpicos;
Semana da Leitura – Outubro;
Semana da Consciência Negra História e Cultura – Novembro e
Natal - Dezembro.
CONVÊNIO / PARCERIA
CIEE – Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco
Oferece estágio de Estudantes da Instituição de Ensino junta
à instituição de Cedente, o qual, obrigatório ou não o dever ser de interesse
curricular e pedagogicamente útil, entendido o estágio como estratégia de
profissionalização ou de preparação básica para o trabalho “a promoção da
integração ao mercado” e a formação para o trabalho “.
ABRE – Associação Brasileira de Estágios;
IEL – Instituto de Engenharia Legal.
NEL - Núcleo de Estudos de Línguas
Programa Ganhe o Mundo
Programa Segundo Tempo
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
“Uma ciência do passado produz uma escola morta, dissociada
da realidade do mundo e da vida. Uma educação sem vida produz seres
incompetentes, incapazes de pensar, construir o conhecimento. Uma escola morta,
voltada para uma educação do passado, produz indivíduos incapazes de se
autoconhecerem, como fonte criadora e gestora de sua própria vida, como autores
de sua própria história”.
Maria
Cândida Moraes
CONCEPÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM
São requisitos básicos ao trabalho
docente, os domínios do conteúdo com o qual o professor e outros conhecimentos
que, juntamente com os conteúdos, fazem parte dos saberes da pedagogia, ou mais
precisamente, da teoria e da prática da educação. Dentre esses saberes estão
àqueles referentes aos mecanismos pelos quais acontece a aprendizagem
(TEIXEIRA, 2000) e suas relações com a prática docente.
Uma teoria de aprendizagem diz
respeito ao processo pelo qual os indivíduos se apropriam ativamente das
experiências acumuladas pela humanidade em geral e pelo grupo social do qual
fazem parte.
Entende-se por aprendizagem o
processo pelo qual os indivíduos da espécie humana vão se constituindo como
homens ao longo de sua existência, diferenciando-se dos demais animais e se
apropriando dos produtos da cultura. Nesse sentido a aprendizagem acontece no
contexto escolar é apenas um aspecto desse processo. (TEIXEIRA, 2000).
A aprendizagem escolar, portanto, é
um processo não natural e somente ocorre se houve a concorrência de elementos
mediadores, que são, por sua vez, socialmente construídos. O resultado mais
eloquente da aprendizagem escolar é, para utilizar uma expressão de SAVIANI
(1997b), a conversão do objeto de aprendizagem numa espécie de “segundo
natureza”. Ou seja, o conhecimento tem de ser tão propriamente do sujeito, que
se quer pode-se imaginá-lo desprovido dele. É como se este o conhecimento
fizesse parte da natureza do sujeito.
O conhecimento não é transferido, nem
inventado pelo homem, mas construído por ele na sua relação com os outros e com
o mundo. Assim, os conteúdos que o professor apresentar precisam ser refletidos
e reelaborados pelos alunos que se constituem em conhecimento deles. Cabe ao
educador mobilizar os estudantes e propiciar os meios para que os mesmos
apropriam-se do conhecimento, elaborem e expressem sínteses.
Inicialmente os alunos apresentam uma
visão fragmentada e no âmbito do senso comum em relação ao objeto do
conhecimento. No entanto, o professor deve partir do conhecimento dos alunos
propiciando o estabelecimento de múltiplas relações no sentido de levá-los a
perceber que seu conhecimento é sincrético e insuficiente para atender a
realidade. A ação do professor deve ser elaborada e concreta. Para detectar que
as questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência,
que o conhecimento é necessário dominar, há necessidade do professor dominar o
conteúdo para saber onde é importante dar ênfase, relacionar, criar, selecionar
e organizar (SAVIANI, 1997b).
Para que a aprendizagem seja eficaz
e ocorra a apropriação do conhecimento, há necessidade da ação do sujeito sobre
o objeto de conhecimento. O professor deve comprometer-se com a análise crítica
das questões sócio econômico cultural, exigindo dos alunos produção de análises
escritas e a realização de debates com fundamentação teórica pertinente e não
se utiliza síntese pronta.
AVALIAÇÃO:
“A avaliação deve ser entendida
como parte do processo de ensino-aprendizagem esclarecendo sobre o que o aluno
aprendeu e o que ainda não aprendeu”.(Mendes)
A avaliação do processo de
ensino-aprendizagem requer que o professor faça “Uma reflexão sobre o nível de
qualidade do trabalho escolar tanto do professor como do aluno...” (LIBÂNIO,
1992, p. 195). A avaliação da aprendizagem escolar, não se descola de um modelo
teórico de sociedade e de educação. Numa sociedade conservadora, com uma
educação conservadora, tende a promover a conservação, sendo a avaliação
meramente classificatória. Nas pedagogias preocupadas com a transformação, a
avaliação se torna um “mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o
avanço e o crescimento” (LUCKESI, 1997, p. 32).
A avaliação é uma forma de
ajuizamento da qualidade do objeto avaliado e comporta três elementos:
- É
um juízo de valor, ou seja, uma apreciação qualitativa sobre um objeto
qualquer a partir de critérios pré-estabelecidos;
- Trata-se
de um julgamento feito com base em indicadores que delimitam a qualidade
esperada do objeto;
- A
avaliação conduz a uma tomada de decisão.
A avaliação escolar cumpre três
funções: pedagógico–didática, de diagnóstico e de controle (LIBÂNIO, 1992). A
função da educação escolar em relação às finalidades sociais de ensino; a
preparação dos estudantes para as exigências da vida em sociedade em relação á
apropriação dos meios culturais necessários á participação social ativa.
Avaliação favorece que os alunos assumam o estudo como dever e contribui para a
própria assimilação e fixação dos conteúdos na medida em que “a correção dos
erros cometidos possibilita o aprimoramento, a desenvolvimento das capacidades
cognoscitivas” (LIBÂNIO, 1992, p. 197).
A função diagnóstica diz respeito ao
processo de acompanhamento do desempenho tanto do aluno quanto do professor,
identificando progressos ou dificuldades que determinam as modificações que se
fizerem necessárias no processo de ensino. A função diagnóstica é a mais
importante porque possibilita a avaliação do cumprimento da função
didático-pedagógico e porque dar sentido a função de controle.
A função de controle é a que se
refere ao controle sistemático dos meios e da freqüência das verificações dos
resultados do processo. Esse controle pode ser feito continuamente na interação
entre o professor e o estudante, através de diversas atividades que permitam ao
professor observar como os estudantes estão se conduzindo.
Essas funções não podem ser
consideradas isoladamente por que atuam de modo interdependente.
O conceito de avaliação que permeia
o projeto pedagógico da Escola Saturnino de Brito trata-se de procedimentos que
tem como objetivos verificar se os alunos estão se apropriando ou não dos
conhecimentos transmitidos na escola e pela escola.
Em síntese a avaliação deve ser:
a) Diagnóstica no sentido de o professor
verificar mais o processo de apropriação ou não do conhecimento por parte dos
alunos do que o resultado;
b) Os erros não devem ser apenas
constatados, porque segundo esta visão diagnóstica, os erros sinalizam
possibilidades de se vislumbrar meios para superar a visão parcial do
estudante;
c) Apesar das diferenças no modo como
cada professor avalia a apropriação dos conteúdos pelos estudantes é
fundamental.
A proposta em termos de ensino, aprendizagem e
avaliação não é somente uma nova proposta de trabalho docente, mas uma atitude
do professor que corresponde á visão de desenvolvimento do ser humano.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Considerando a avaliação como
instrumento de investigação e diagnóstico, e que deve ser realizado em todo o
momento do processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação faz-se no sentido de
verificar o que é necessário ser melhorado nas próximas etapas do trabalho,
tanto na construção do conhecimento pelo aluno quanto ao professor Refletir
sobre sua ação e repensar o processo de ensino-aprendizagem.
- Atribuição
de notas as atividades do estudante durante o bimestre;
- Participação
produtivamente das atividades proposta em sala de aula;
- Participação
nas interações com o grupo (convivência cotidiana da sala de aula);
- Participação
nos Projetos do PPP;
- Apresentação
de trabalhos individuais e em grupo;
- Debates;
- Seminários;
- Simulado,
Provas e testes.
CRITÉRIOS DE PERMANÊNCIA DO ALUNO
Para erradicar as desistências e
também a reprovação são realizados(as):
- Encontro de Famílias e Mestres
bimestralmente,
- Plantão Pedagógico semestralmente,
- Conselho de Classe bimestralmente,
- Reunião Pedagógica bimestralmente,
- Monitoramento do Rendimento escolar
e frequência pelas Analistas Educacionais que repassam as planilhas das turmas
às Educadoras de Apoio para providências cabíveis.
CRITÉRIOS
DE CONTEÚDOS E PRÁTICA DE ENSINO
PNE
e Diretrizes Curriculares
Paramêtros
curriculares nacional
Conteúdo
curricular – ensino médio
Conteúdo curricular - ensino
fundamental
BCC
(língua portuguesa – matemática)
BCC
(língua portuguesa – matemática)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Naura S. Carapeto. Gestão Democrática da
Educação: atuais tendências, novos desafios. 4º ed. Cortez, 2003.
LIBÃNIO, José. C. Didática. São Paulo: Cortez. 1992.
261p.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 6.
ed. São Paulo: 1997.
MARÇAL, Juliane Corrêa. Projeção: como promover a
construção coletiva de projeto pedagógico. Módulo III CONSEDE, 2001.
VYGOTSKI, L. S. A Formação Social da Mente. 3 ed. São Paulo:
Martins Fontes.
GADOTTI, Moacir. Projeto Político-Pedagógico da Escola:
fundamentos para sua realização. In GADOTTI, M e ROMÃO, J. E (orgs). Autonomia
da Educação: princípios e propostas, São Paulo: Cortez, 1997.
SAVIANI, Dermeval. Educação: Do Senso Comum a Consciência
Filosófica, 3ª ed. São Paulo: Cortez /Autores Associados, 1983a.
ARROYO, Miguel. Projeto Político - Pedagógico. In: Anais do
VII Seminário Nacional de Educação Comunitária, s/s.
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