EREM SATURNINO DE BRITO

Escola de Referência em Ensino Medio

REFORÇO Descritores abaixo de 50% ano 2014 Ensino fundamental e Médio Gerente da Regional Metropolitana Sul José Amaro Barbosa da Si...

REFORÇO Língua Portuguesa

REFORÇO

Descritores abaixo de 50%
ano 2014
Ensino fundamental e Médio

Gerente da Regional Metropolitana Sul

José Amaro Barbosa da Silva


Chefe da Unidade de Desenvolvimento

Ana Cristina de Barros Amaral


Equipe Técnica de Língua Portuguesa

Cristiane Renata da Silva Cavalcanti
Jamil Costa Ramos
Jaqueline Batista da Costa
Samuel Lira de Oliveira

E-mail: linguaportuguesametrosul@gmail.com

Brasil. Ministério da Educação.
PDE : Plano de Desenvolvimento da Educação : Prova Brasil : ensino fundamental : matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008.
Brasil. Ministério da Educação. PDE : Plano de Desenvolvimento da Educação : SAEB : ensino médio : matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008.




APRESENTAÇÃO
Caro(a) professor(a)
A educação básica vivencia atualmente uma mobilização por qualificação e implantação de diferentes iniciativas que se propõem a fornecer subsídios para investimentos financeiros e gerenciais. Nesse contexto, as avaliações externas (Prova Brasil, Saeb e SAEPE)  aplicadas em todo país , com o objetivo de coletar dados para orientar as ações governamentais, apresentam-se como instrumentos avaliativos do desempenho dos nossos estudantes em Língua Portuguesa.
Esses testes objetivam evidenciar habilidades e competências construídas ao longo de determinados períodos da escolaridade fundamental, ao mesmo tempo em que expõem fraquezas e necessidades.
Muitos são os questionamentos e discussões que essas avaliações suscitam e continuarão a provocar pelo país. Pensando nisso, decidimos criar este caderno de reforço  a fim de estabelecermos um diálogo entre as matrizes de referência das avaliações  e a prática cotidiana em sala de aula.
Este é um material que tem a intenção de lhe oferecer algumas estratégias simples e práticas que, uma vez aplicadas com os alunos, favorecerão o desenvolvimento de habilidades de leitura essenciais à vida daqueles que serão efetivos leitores do mundo.
Também gostaríamos de informá-los de que a ideia não é de treinar alunos para provas; e sim trabalharmos na perspectiva de construção das habilidades avaliadas porque são fundamentais e impactam fortemente a aprendizagem dos estudantes em todas as áreas de conhecimento.
Desejamos que você tenha sucesso nesta tarefa e que conte com os recursos e estratégias didáticas aqui disponibilizados para torná-la mais rica e interessante!
Bom trabalho!


Nosso abraço,
Equipe de Língua Portuguesa.








RESULTADO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA- LÍNGUA PORTUGUESA 2014
DESCRITORES MAIS CRÍTICOS
Percentual de acerto por Descritor
Língua Portuguesa  3ª Série do Ensino Médio
Rede Pública  Regional Metropolitano Sul



Percentual de acerto por Descritor
Língua Portuguesa  9º Ano  do Ensino Fundamental
Rede Pública  Regional Metropolitano Sul



Através da leitura dos gráficos, percebemos que no Ensino Fundamental os descritores mais críticos foram: D10, D17, D19, D24, D27. No Ensino Médio os descritores mais críticos foram:D10, D19, D23, D24, D26.

D-10: Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato
A opinião é aquilo que alguém pensa que ocorreu, é uma interpretação de um fato.
Que habilidade pretendemos avaliar?
Por meio de itens referentes a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a distinguir as partes dele referentes a um fato e as relativas a uma opinião relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum personagem.
Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Para trabalhar em sala de aula a habilidade de estabelecer a diferença entre fato e opinião sobre o fato, sugerimos que o professor recorra a gêneros textuais variados, especialmente os que apresentam estrutura narrativa como contos (fragmentos) e crônicas.
Os textos argumentativos também se prestam para trabalhar essa habilidade. Porém, é importante que o professor leve o aluno a compreender as situações criadas pelos instrumentos gramaticais, como as expressões adverbiais e as denotativas, em vez de limitar o trabalho à mera referencialidade ou influência externa de intromissão do locutor/produtor/narrador no texto.


PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D10)
1) Leia o texto a seguir
                     
                                                     Hans Christian Andersen
Hans Christian Andersen (Odense, 2 de Abril de 1805  Copenhaga, 4 de Agosto de 1875) foi um escritor e poeta de histórias infantis, nascido na atual Dinamarca. [...] Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.[]
Entre os contos de Andersen destacam-se: O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatos Vermelhos, O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, A Princesa e a Ervilha, A Pequena Vendedora de Fósforos, A Polegarzinha, A Rainha do Gelo, A Pastora e o Limpa-chaminés, dentre outros.
[...]
Graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, a data de seu nascimento, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante  brasileira   a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.
In:http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_Andersen. Acesso em 13 /03 /2015.

Fato
Opinião

Anderson escreveu o conto A Pequena Vendedora de Fósforos.
A pequena vendedora de fósforo é um dos contos mais emocionantes que já li.

Hans Christian Andersen nasceu em  2 de Abril de 1805.
Andersen é do tempo do ronca. Uma múmia.

Anderson escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias.
Anderson é um escrito multi gêneros. Uma revelação cultural.

Andersen escreveu o conto O Patinho Feio.
Eu adoro o conto O patinho feio, sempre fico triste quando o leio.


Agora escreva uma opinião sobre as imagens feitas por Andresen.

Palhaço segurando uma bandeja com edificações sobre ela.
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A Pastora e o Limpa-chaminés
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O que é o que é?
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2) Leia o texto a seguir

LIVRO DIGITAL
Um livro digital (livro eletrónico/eletrônico ou o anglicismo e-book) é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso.
Os formatos mais comuns de Ebooks são o PDF, HTML e o ePUB. O primeiro necessita do conhecido leitor de arquivos Acrobat Reader ou outro programa compatível, enquanto que o segundo formato precisa de um navegador de Internet para ser aberto. O Epub é um formato de arquivo digital padrão específico para ebooks.
Por ser um dispositivo de armazenamento de pouco custo, e de fácil acesso devido à propagação da Internet nas escolas, pode ser vendido ou até mesmo disponibilizado para download em alguns portais de Internet gratuitos.

Origem e evolução
1971: Michael Hart lidera o projecto Gutenberg que procura digitalizar livros de domínio público para oferecê-los gratuitamente.
1993: Zahur Klemath Zapata registra o primeiro programa de livros digitais. Digital Book v.1, DBF.
1993: Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey.
1995: Amazon começa a vender livros através da Internet.
1996: O projecto Gutenberg alcança os 1.000 livros digitalizados. A meta é um milhão.
1998: São lançados ao mercado os leitores de livros electrónicos: Rocket ebook e Softbook.
1998-1999: Surgem sítios na Internet que vendem livros electrónicos, como eReader.com e eReads.com.
2000: Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser lído em computadores.
2002: As editoras Random House e HaperCollins começam a vender versões electrónicas dos seus títulos na Internet.
2005: Amazon compra Mobipocket na sua estratégia sobre o livro electrónico.
2006: Acordo entre Google e a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar 2 milhões de títulos.
2006: Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia da tinta electrónica.
2007: Amazon lança o Kindle.
2008: Adobe e Sony fazem compatíveis suas tecnologias de livros electrónicos (Leitor e DRM).
2008: Sony lança seu PRS-505.
2009: Barnes & Noble lança o Nook.
2010: Apple lança o iPad.

Vantagens em relação ao livro tradicional
A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente transportados em disquetes, CD-ROMs, pen-drives e cartões de memória.
Como se encontra no formato digital, pode ser transmitido rapidamente por meio da Internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu ebook.
Outra vantagem é o preço. Como seu custo de produção e de entrega é inferior, um livro digital de alto padrão, como os encontrados em sítios especializados, pode chegar às mãos do leitor por um preço até 80% menor que um livro impresso, quando não for gratuito. Deve-se lembrar de que o livro digital não precisa entrar em filas de impressão em gráficas, como ocorre tradicionalmente. Assim, uma vez prontos para distribuição, basta entrar em redes on-line de venda e distribuição.
Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem softwares capazes de os ler, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando audiobooks.

Direitos autorais
Assim como um livro tradicional, o livro digital é protegido pelas leis de direitos autorais. Isso significa que eles não podem ser alterados, plagiados, distribuídos ou comercializados de nenhuma forma, sem a expressa autorização de seu autor. No caso dos livros digitais gratuitos, devem ser observadas as regras e leis que regem as obras de domínio público ou registros de códigos abertos para distribuição livre.
[...]
In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_digital. Acesso em 14 02 2015.

2.1) Qual a sua opinião sobre os livros digitais? Discuta-a com os colegas e depois socialize com o professor (a)?
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2.2) Selecione, no texto, um fato e escreva uma opinião sobre ele.
Fato
Opinião














2.3) Qual dos trechos a seguir traz um fato?
A) A  principal vantagem do livro digital é sua portabilidade.
B) ...Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey.
C) Outra vantagem é o preço.
D) Um livro digital é um livro [...] que pode ser lido em equipamentos eletrônicos.
GABARITO D

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D10)
1) Leia o texto.
                                  Não se perca na rede
A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas com.br.
(Paulo DAmaro) Disponível em: Acesso em Julho /2008.

O artigo foi escrito por Paulo DAmaro. Ele misturou informações e análises do fato. O período que apresenta uma opinião do autor é
A) foram criados sistemas de busca.
B) essa avalanche de informações pode atrapalhar.
C) sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.
D) A internet é o maior arquivo público do mundo.
E) Há vários tipos.
GABARITO B

2) Leia o texto abaixo.
ENTENDA MELHOR ESSE FENÔMENO

Primeiro o céu fica bem escuro e começa a chover. Aí vem um clarão bem forte, seguido de um barulho enorme. E a gente toma o maior susto! O nome desse fenômeno, poderoso e às vezes assustador, é raio. O raio nasce em nuvens grandes e escuras, que têm a parte de baixo lisa. Elas são conhecidas como cúmulos-nimbos e ficam bem altas, entre 2 e 18 quilômetros do chão. Quando estão cheias de gotículas de água e pequenos pedaços de gelo, caem grandes tempestades. Com o vento as pedrinhas de gelo batem umas nas outras. Essa agitação cria partículas de eletricidade na nuvem.
Se uma nuvem com muitas partículas elétricas negativas encontra outra com muitas partículas positivas, elas trocam essas partículas, formando uma corrente elétrica poderosa. Também pode acontecer de se formar uma corrente elétrica entre uma nuvem e o solo. Nos dois casos, o resultado final é o raio.
(MOIÓLI, Júlia. Revista Recreio n.411. Janeiro/2008)

A opinião da autora desse texto, a respeito dos raios, é que eles
A) surgem em um clarão seguido de um barulho.
B)  nascem em grandes nuvens escuras.
C)  são formados por corrente elétrica.
D)  são fenômenos poderosos e assustadores.
Gabarito D

D-19: Identificar a tese de um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?
Em geral, um texto dissertativo expõe uma tese, isto é, defende um determinado posicionamento do autor em relação a uma ideia, a uma concepção ou a um fato. A exposição da tese constitui uma estratégia discursiva do autor para mostrar a relevância ou consistência de sua posição e, assim, ganhar a adesão do leitor pela adoção do mesmo conjunto de conclusões.
Um item que avalia essa habilidade deve ter como base um texto dissertativo argumentativo, no qual uma determinada posição ou ponto de vista são defendidos e propostos como válidos para o leitor.
Este descritor indica a habilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a ideia central defendida pelo autor. A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
A exposição da tese constitui uma estratégia discursiva do autor para mostrar a relevância ou consistência de sua posição e, assim, ganhar a adesão do leitor pela adoção do mesmo conjunto de conclusões.
A diversidade de convívio com gêneros e com suportes é uma das diretrizes da pedagogia de leitura na atualidade.
O professor deve trabalhar, em sala de aula, com textos argumentativos para que os alunos tenham a oportunidade de desenvolver habilidades de identificar as teses e os argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las. Essa tarefa exige que o leitor reconheça o ponto de vista que está sendo defendido. O grau de dificuldade dessa tarefa será maior se um mesmo texto apresentar mais de uma tese.

PROPOSTAS  DE  2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D19)
1)Sabendo que a tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado. Nos  parágrafos abaixo, sublinhe a tese e coloque os argumentos entre parênteses.
a) As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão.
(Opinião, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp)

b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na América do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drástica repressão às oposições e dissidências, com a adoção da tortura e da perseguição como  política de governo. Ao fim desses regimes autoritários adotaram-se formas semelhantes de transição com a aprovação das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes públicos. (Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

c) Todos os palestrantes concordaram que a participação da sociedade civil é fundamental para que qualquer debate sobre a comunicação avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Câmara e do Senado, será muito difícil avançar, discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vínculos ou até mesmo são proprietários de meios de comunicação. Até os Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monopólios e define que quem tem rádio não pode ter televisão, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas.  (Ricardo Carvalho. Regulação da mídia é pela liberdade de expressão. Carta capital.
In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)

d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, não é necessário que o Brasil lance mão de práticas baseadas no uso de agrotóxicos e mudanças genéticas para alimentar a população. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua população e este tipo de artifício não é necessário. A lógica dessa utilização é a do capital em detrimento do respeito ao cidadão e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade", protesta. (Raquel Júnia. Agronegócio não garante segurança alimentar.
Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)

e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualização sobre a dinâmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notícia é veiculada por esses meios é clara, garantindo a complementaridade da construção do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didáticos. O apoio didático representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca.
(Ana Regina Bastos - Revista Eletrônica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)
Gabarito
Em verde a tese e em vermelho os argumentos
a) As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. (ARG 1) /// Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão. (ARG 2) (Opinião, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp)

b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na América do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drástica repressão às oposições e dissidências, com a adoção da tortura e da perseguição como  política de governo. Ao fim desses regimes autoritários adotaram-se formas semelhantes de transição com a aprovação das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes públicos. (Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

c) Todos os palestrantes concordaram que a participação da sociedade civil é fundamental para que qualquer debate sobre a comunicação avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Câmara e do Senado, será muito difícil avançar, (ARG 1) discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vínculos ou até mesmo são proprietários de meios de comunicação (ARG 2). Até os Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monopólios e define que quem tem rádio não pode ter televisão, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas (ARG 3).  (Ricardo Carvalho. Regulação da mídia é pela liberdade de expressão. Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)

d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, não é necessário que o Brasil lance mão de práticas baseadas no uso de agrotóxicos e mudanças genéticas para alimentar a população. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua população (ARG 1)  e este tipo de artifício não é necessário. A lógica dessa utilização é a do capital em detrimento do respeito ao cidadão e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade"(ARG 2), protesta. (Raquel Júnia. Agronegócio não garante segurança alimentar. Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)
e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualização sobre a dinâmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notícia é veiculada por esses meios é clara, garantindo a complementaridade da construção do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didáticos. (ARG 1) // O apoio didático representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca.  (ARG 2). (Ana Regina Bastos - Revista Eletrônica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)

2) Leia o texto.
                                     A velocidade do cérebro
               
                 Quando uma pessoa queima o dedo, a dor é um sinal que o tato envia ao cérebro. Este, por sua vez, transmite outro sinal aos músculos, que reagem afastando a mão do fogo. A velocidade de circulação dessas mensagens surpreende: elas viajam a 385 km/h, mais rápido que um carro de Fórmula 1.
Coquetel  Grande Titã, nº 180.

A tese defendida no texto é:
a) que devemos ter cuidado, pois o fogo queima.
b) é surpreendente a velocidade com que o sinal de dor chega ao cérebro.
c) as pessoas se queimam sempre que mexem com fogo.
d) um carro de Formula 1 corre menos que um sinal emitido pelo cérebro.
Gabarito B

Que argumento apresentado abaixo contribui para a sustentação da tese?
a) A dor que sentimos é maior que a velocidade de um carro de Fórmula 1.
b) A descrição da dor que a pessoa sente e a velocidade do sinal.
c) A descrição de como o sinal é enviado e os dados da velocidade.
d) A velocidade da dor é de 385 km/h.
Gabarito D

Das relações abaixo qual se relaciona com o título do texto e a identificação da tese?
a) O leitor ler o texto sem inferir o que estar no título, pois este não contribui para sua leitura.
b) O título do texto não tem nada a ver com o resumo da tese.
c) O título do texto diz uma coisa e o autor diz outra e ambas não respondem o que irá acontecer na história.
d) O título do texto é um resumo da tese, orienta para a identificação da tese.
Gabarito D
QUESTÕES
1) Leia o texto abaixo
                          O teatro da etiqueta
 No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne  e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de 5 10 Unidade 4 Língua Portuguesa 56 15 Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual  só na hora de lidar com os poderosos.
                                            Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.

Nesse texto, o autor defende a tese de que
A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
Gabarito A

2) Leia o texto a seguir.
O ouro da biotecnologia

Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica  ou o que restou dela  são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista ("Abençoado por Deus e bonito por natureza) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato  e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros  que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
(Daniel Piza. O Estado de S. Paulo.)

 O texto defende a tese de que
A) a Amazônia é fonte potencial de riquezas.
B) as plantas e os animais são levados ilegalmente.
C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais.
D) os bens naturais são citados na escola.
Gabarito C
3) Leia o texto abaixo
Vínculos, As Equações da Matemática da Vida
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Quando você forma um vínculo com alguém, forma  uma aliança. Não é à toa que o uso de alianças é um dos  símbolos mais antigos e universais do casamento. O círculo dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade.  Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se

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mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a  ideia de mutualidade, de troca.  Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas,  em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos distanciamos.  Desvios sempre existem. Podemos nos perder em


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um deles e nos reencontrar logo adiante. A busca é permanente.  O que não se pode é ficar constantemente fora  de sintonia.  Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se  completar através do outro, buscando sua metade no

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mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1.  "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a  metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a  sorte grande era achar a sua cara-metade.  Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo

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um sentido de individualização maior e a equação  mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.  "Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as  minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou  formar uma unidade com meu companheiro, que também

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é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres inteiros  se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados  num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se  mutuamente.  Com a revolução sexual e os movimentos de libertação

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feminina, o processo de individuação que vinha aconte-  cendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1  = 1 + 1.  Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus  problemas, cuidar da minha própria vida. Você deve fazer

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o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência  absoluta, caso com você, que também é assim." Em  nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia,  cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do  casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.

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Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as  pessoas procurando outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.  Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido  do ponto de vista emocional e existencial. Existem  você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente

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de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta  de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu  e o que é nosso é nosso.  Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos,  a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo

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afetivo. Tenho que preservar o meu eu, meu processo de  descoberta, realização e crescimento, sem destruir a relação.  Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem  destruir a individualidade, sem me anular.  Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000

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um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual  e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco  mais inteiros e felizes.  Para isso, temos que compartilhar com nossos companheiros  de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser


próximo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição  e confiança.

MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21
No texto, no casamento, atualmente, defende-se a ideia de que  A) a felicidade está na somatória do casal.  B) a unidade é igual à soma das partes.  C) o ideal é preservar o "eu" e o vínculo afetivo.  D) o melhor é cada um cuidar de sua própria vida.
Gabarito C

4) Leia o texto abaixo:
Há uma geração sem palavras A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os músculos cerebrais, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, produzem satisfações infinitamente superiores.
Fonte: Marili Ribeiro  Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6. 28.
 No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:
a) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.
b) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.
c) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.
d) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.
Gabarito B

D-23 : Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
Que habilidade pretendemos avaliar?
Entre os recursos referidos acima, estão os sinais de pontuação. Além de estarem vinculados intimamente à coerência do texto, esses sinais podem acumular outras funções discursivas, como aquelas ligadas à ênfase, à reformulação ou à justificação de certos segmentos. Nessa perspectiva, a pontuação tem de ser vista muito mais além; isto é, não são simples sinais para separar ou marcar segmentos da superfície do texto.
Um item relativo a essa habilidade deve, portanto, conceder primazia aos efeitos discursivos produzidos por notações como itálico, negrito, caixa alta etc. e pelo uso dos sinais; muito mais, portanto, do que simplesmente a identificação de suas funções na sintaxe da frase.
Com este item, pretendemos avaliar a habilidade de o aluno identificar o efeito provocado no texto pelo uso das aspas, que colabora para a construção do seu sentido global, não se restringindo ao seu aspecto puramente gramatical.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Ao longo do processo de leitura, podemos oferecer aos nossos alunos o contato com gêneros textuais que utilizam largamente recursos, como propagandas, reportagens, quadrinhos, entre outros, orientando-os a perceber e analisar os efeitos de sentido dos sinais de pontuação (travessão, interrogação, exclamação, reticências etc.) e das notações (itálico, negrito, caixa alta, entre outros) como elementos significativos para construção de sentidos.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D23)
1) Observe o texto escrito no quadro. Quem o escreveu não teve tempo de pontuá-lo. Leia-o.
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho não do conto Branca de Neve e os sete anões de jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira.

Agora reescreva o texto de forma que o leitor faça a leitura do conto
a) Chapeuzinho Vermelho
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho, não do conto Branca de Neve e os sete anões. De jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira!

b) Branca de Neve e os sete anões
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho? Não! Do conto Branca de Neve e os sete anões. De jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira.

c) A gata borralheira
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho? Não! Do conto Branca de Neve e os sete anões? De jeito nenhum! Farei a leitura da A gata borralheira!

2) Sem mudar as palavras de lugar, ou seja, na mesma sequencia, encontramos vários sentidos para o texto a seguir, pontuando-o de diferentes formas.
Meu tênis desapareceu não está no armário
Pontue de acordo com o significado solicitado.
a) afirmação e constatação
-Meu tênis desapareceu. Não está no armário!

b) diálogo onde as duas pessoas encontram-se em dúvida.

-Meu tênis desapareceu?
-Não, está no armário?


c) nega o sumiço do tênis e sabe onde ele se encontra.

-Meu tênis desapareceu não,  está no armário.


d) dúvida de quem pergunta e certeza de quem responde.

-Meu tênis desapareceu?
-Não, está no armário!


e) quem perdeu o tênis está pensando nos possíveis lugares onde ele pode estar.

Meu tênis desapareceu... Não está no armário...

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D23)
1) Leia o texto.
                                       A culpa é do dono?
A reportagem Eles estão soltos (17 de janeiro), sobre os cães da raça pit bull que passeiam livremente pelas praias cariocas, deixou leitores indignados com a Unidade 4 Língua Portuguesa 66 defesa que seus criadores fazem de seus animais. Um deles dizia que os cães só se tornam agressivos quando algum movimento os assusta. Sandro Megale Pizzo, de São Carlos, retruca que é difícil saber quais de nossos movimentos assustariam um pit bull. De Siegen, na Alemanha, a leitora Regina Castro Schaefer diz que pergunta a si mesma que tipo de gente pode ter como animal de estimação um cachorro que é capaz de matar e desfigurar pessoas.
Veja, Abril. 28/2/2001.
O que sugere o uso de aspas na palavra assustariam?
(A) raiva.
(B) ironia.
(C) medo.
(D) insegurança.
(E) ignorância.
Gabarito B

2) Leia duas formas encontradas para pontuar um texto
1- Como? A rua está vazia?           2-Como a rua está vazia!
Em qual das opções a seguir, encontram-se, respectivamente, os sentidos dos textos acima?
A) constatação e dúvida
B) constatação e surpresa
C) dúvida e constatação
D) surpresa e constatação
Gabarito D

3) Leia o texto abaixo
Um Apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
 Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
 Deixe-me, senhora.
 Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
 Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
 Mas você é orgulhosa.
 Decerto que sou.
 Mas por quê?
 É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
 Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
 Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
 Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
 Também os batedores vão adiante do imperador.
 Você é imperador?
 Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou à costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana  para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
 Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio à noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
 Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
 Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
 Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
 (Machado de Assis. Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.)
No trecho Que a deixe? Que a deixe, por quê?, os pontos de interrogação têm efeito de
A) apresentar.
B) avisar.
C) desafiar.
D) questionar
Gabarito D

D-24: Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilístico e  morfossintáticos.

Que habilidade pretendemos avaliar?
As explicações dadas para o descritor anterior, em parte, podem valer para este. Ou seja, as escolhas que fazemos para a elaboração de um texto respondem a intenções discursivas específicas, sejam escolhas de palavras, sejam escolhas de estruturas morfológicas ou sintáticas. Assim, não é por acaso que, em certos textos, o autor opta por períodos mais curtos  para dar um efeito de velocidade, por exemplo; ou opta por inversões de segmentos  para surtir certos efeitos de estranhamento, de impacto, de encantamento, afinal (tinha uma pedra no meio do caminho; no meio do caminho tinha uma pedra). Ou seja, mais do que identificar a estrutura sintática apresentada, vale discernir sobre o efeito discursivo provocado no leitor.
Um item relativo a essa habilidade deve, pois, conceder primazia aos efeitos discursivos produzidos pela escolha de determinada estrutura morfológica ou sintática. Incide, portanto, sobre os motivos de uma escolha para alcançar certos efeitos.
Com este item, pretende-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o efeito de sentido decorrente das variações relativas aos padrões gramaticais da língua. No texto a seguir, exploramos, como recurso expressivo, a repetição lexical (verbo querer).

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
As atividades de leitura e de análise linguística possibilitam ao aluno investigar diferentes funções textuais produzidas por um único recurso expressivo e os diferentes efeitos de sentido que podem daí derivar. Temos, muitas vezes, a ideia equivocada de que a repetição de palavras e expressões é um recurso típico de textos produzidos na modalidade oral, que indica falta de maestria no uso da linguagem. O recurso da repetição é, entretanto, estratégia que pode promover múltiplos e vários efeitos (por exemplo, topicalização, sequenciação textual, entre outros).

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D24)
1)  Disponibilize cópias  da crônica Os Diferentes Estilos, de Paulo Mendes Campos (publicada em Crônicas 4, Ed. Ática). Leia a crônica de Paulo Mendes Campos para a turma. O objetivo é destacar a variedade de estilos que podem ser empregados para narrar o mesmo fato. Aproveite o momento e explique que a palavra estilo é originária do latim stilu, a ponta de metal usada na Antiguidade para escrever na madeira. Ressalte que o termo deu origem a estilete e está associado a algo que deixa uma marca. Peça que os alunos identifiquem o que marca cada um dos estilos representados no texto - um recurso de pontuação específico ou a repetição de palavras- morfema, por exemplo - e discuta com eles o que é transmitido ao leitor.

OS DIFERENTES ESTILOS

Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.  Estilo interjetivo
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
 Estilo colorido
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.
 Estilo antimunicipalista (ou estilo Rigoniano)
Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários meses, sem falar nas freqüentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?
 Estilo reacionário (ou estilo Edsonlimesco)
Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já sabe não bastasse para enfeiar aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a honra de residir no Rio.
 Estilo então
Então o vigia de uma construção em Ipanema, não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providencias necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.  Estilo áulico
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à familia enlutada. Como lhe informassem que a vitima ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.
 Estilo schmidtiano
Coisa terrivel é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo caluniado de morte.
 Estilo Complexo de Édipo
Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?

Estilo preciosista
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua da Estrela-d´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.

Estilo Nelson Rodrigues
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
 Estilo sem jeito
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.
 Estilo fofoca
Imagina você, Tutsi, que onte eu fui ao Sacha´s, legalíssimo, e dormi de tarde. Com o tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!
 Estilo lúdico ou infantil
Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A vitima por baixo nao trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.
 Estilo concretista
Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch MENSCHEIT
 Estilo didático
Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teológico. Policial:o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo; teológico: o homem em Deus. Policia e homem: fenômeno; alma e Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.

Paulo Mendes Campos. Disponível em http://tecopoetasonhador.blogspot.com.br/2011/11/os-diferentes-estilos-paulo-mendes.html. Acesso em 20-03-2015.

Analise o texto de Paulo Mendes Campos que tem diferentes estilos de escrever através dos seguintes aspectos:
1 - O vocabulário, com o objetivo de mostrar que o que está traduzido na escolha das palavras vai além do significado da própria palavra.
Sugestão
1ª questão: Nessa questão nosso objetivo é trabalhar com a significação das palavras. Acreditamos que várias delas sejam estranhas para a classe, mas nesse nível de escolaridade as crianças já têm uma capacidade bastante desenvolvida de deduzir pelo contexto o significado de uma palavra. É contando com isso que esperamos que respondam. Depois que as equipes tiverem respondido à questão, peça que um representante de cada equipe leia a resposta do grupo, para que eles confrontem as soluções e analisem se o significado sugerido cabe naquele contexto. Se houver dúvida, peça que consultem o dicionário. Eliminada a dificuldade de vocabulário, o professor lê o texto em voz alta e abre a discussão para a classe.

2 - As informações que são efetivamente dadas no texto e aquelas criadas pelo narrador. Com que intenção o narrador teria criado informações?
Sugestão
No 1º parágrafo o narrador nos dá os fatos fundamentais, sobre os quais versarão os diferentes estilos. Destacamos esses dados para depois podermos confrontar o que é criação do estilo e o que é desvio de interpretação na hora de contar o fato. As perguntas feitas são objetivas, mas a maioria sem resposta pelo texto inicial. a) O homem morto tinha 40 anos. b) Não é possível saber pelo texto se o homem é rico ou pobre. c) Não existir sinais de morte violenta não indica a causa da morte. Ajude as crianças a levantar várias causas possíveis, como por exemplo: teve um enfarte, tomou veneno, etc. Esse exercício de levantamento de possibilidades é importante para que aprendam a pensar de forma organizada. d) Pelos dados do texto, é impossível saber quem era aquele homem. Qualquer escolha é tendenciosa. e) Não é possível ter certeza de onde ele morreu. Como o corpo foi encontrado nas margens da lagoa, é provável que tenha sido lá que o homem morreu, mas não necessariamente. Ele poderia ter sido morto em outro lugar e ter sido deixado naquele lugar.
3 - O que produz no leitor a presença ou ausência de informações, a ênfase dada em um ou outro aspecto da notícia?
Sugestão
Em cada estilo, ao contar o fato, o narrador revela uma preocupação com coisas diferentes. O professor nesse momento pode ajudá-los a perceber o quanto cada forma de contar vai transformar a visão que se tem do fato narrado. a) No estilo interjetivo a preocupação do narrador é alardear o fato. Não há um olhar centrado em algo especial. b) No estilo colorido a dureza do fato se perde, fica tudo leve, quase romântico. c) No estilo antimunicipalista o narrador não está preocupado com o morto, só está preocupado em criticar o governo. d) No estilo reacionário o narrador está preocupado com os americanos, com a aparência do lugar. e) No estilo então o fato fica corriqueiro, não há uma preocupação especial com nenhum aspecto. f) No estilo preciosista a maior preocupação do narrador é com as palavras. g) No estilo fofoca a narradora só está preocupada consigo mesma. h) No estilo didático a preocupação parece ser a análise do fato. Não há preocupação especial com nenhum aspecto, sobretudo com o morto.
4 - De que perspectiva cada narrador olha para o fato? O que isso revela do próprio narrador?
Sugestão
 Essa questão complementa a anterior. As diferentes preocupações dos narradores nos diferentes estilos nos fazem sentir emoções diferentes em relação ao morto e ao fato narrado. Vejamos quais são algumas dessas emoções. Evidentemente escreveremos aqui a nossa leitura, apenas como sugestão e não como modelo a ser seguido. É possível que as crianças observem a questão por ângulos diferentes, chegando a outras conclusões. Aconselhamos o professor a ouvi-las atentamente e a pedir que justifiquem suas respostas. Caso haja coerência, aceite. a) No estilo interjetivo, o leitor fica comovido, com pena do morto. b) No estilo reacionário, o leitor sente que o morto atrapalha a cidade. c) Nos estilos antimunicipalista, preciosista, fofoca e didático, o leitor sente que o narrador está pouco se importando com o morto. d) Nos estilos fofoca e didático, o narrador está preocupado consigo mesmo e não com o morto.
5 - No estilo reacionário, a escolha de palavras ditas pelo narrador para falar do morto podem influenciar o leitor a ter que tipo de concepção sobre o morto?
Sugestão
a) No estilo reacionário o narrador acrescenta uma série de informações: cadáver de um vagabundo, escolher para morrer (de bêbedo). Essas informações foram investigadas na 2ª questão em relação ao fato básico, e eles verificaram que não é possível saber se o homem era rico ou pobre, trabalhador, bandido, vagabundo... nem como morreu. Portanto, são acréscimos intencionais do narrador. b) O que gostaríamos que os alunos percebessem é que essas informações acrescentadas pelo narrador no estilo reacionário são julgamentos que denigrem a imagem do morto, colocando o leitor contra ele. Isto é, antes de mais nada, uma forte posição ideológica. Nossa intenção de que percebam isso é para que, ao escreverem, estejam atentos à importância da seleção das informações que fornecerão ao leitor. A presença ou ausência de informações transforma a imagem que se forma do fato narrado e que se cria do personagem.
6-Que tipo de imagem se tem de quem conta o fato? O estilo nos permite tal visão ?
Sugestão
 Cada estilo nos remete a uma imagem diferente de quem conta o fato. Como se a cada estilo correspondesse um personagem que tem voz, jeito, veste-se e comporta-se de maneira particular. Construir esses personagens a partir das marcas do texto e das imagens já internalizadas dos diferentes tipos é uma deliciosa tarefa a ser realizada pelas crianças. Com esse trabalho começamos a prepará-las para uma leitura mais cuidadosa dos textos do mundo. Aconselhamos o professor a conversar com as crianças. Peça que se vistam a caráter e treinem o jeito de andar, de gesticular, de falar do personagem que imaginaram para cada estilo. A partir dessa representação, é importante conversar sobre a importância de se pensar nas características dadas aos personagens quando se escreve. Todas elas traduzem muitas outras coisas, revelando muitas perspectivas novas do sujeito que fala.


2) Uma das inúmeras maneiras de trabalhar um texto é escrevê-lo  em vários estilos. Reescreva a notícia abaixo de várias maneiras, em vários estilos. Sugerimos: estilo sabe, estilo futebolístico, estilo materno, estilo ó cara, estilo coisa e tal, estilo meu caríssimos irmãos, estilo colorido, estilo telegrama, estilo brasileiro e brasileira, estilo watts apps, estilo facebook, etc.

Recife- O padre norte-americano Lawrence Rosebaugh foi detido por soldados de uma radiopatrulha, na sexta feira à noite, quando tentava impedir que dois policiais espancassem, com socos, pontapés e um cano de boracha, o menor de 11 anos, Edésio da Silva. O menino, acusado de assalto, se encontrava com cerca de 40 pessoas, se preparando para dormir no armazém 188 do porto.
Jornal do Brasil, 29 abr. 1980.

A) Se preferir trabalhe em grupo: cada grupo escolhe um estilo, escreve e depois lê em voz alta para os outros grupos.

B) Após os comentários, passe o texto a limpo e troque com os colegas, ou monte um livro de estilos. Boa produção!

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D24)
1) Leia o texto abaixo.

NEVES, Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965.

A disposição das últimas palavras desse texto sugere
A) dor.
B) giro.
C) queda.
D) volta.
E) vida
Gabarito C


2) Leia o texto abaixo

ANTICONCEPCIONAL MASCULINO

Estudo publicado na revista Nature explica que o espermatozoide humano pode sentir a progesterona, o hormônio feminino liberado pelas células que circundam o óvulo, detectando o gameta feminino. Portanto, a interrupção desse canal de comunicação entre espermatozoide e óvulo poderia ser a chave para um anticoncepcional masculino  pelo menos teoricamente.
  Planeta maio, 2011, p.9.
Nesse texto, em relação ao anticoncepcional masculino, a utilização da forma verbal poderia, em poderia ser a chave tem a intenção de
A) antecipar o resultado do estudo. X
B) definir rumos para pesquisas.
C) duvidar do alcance do estudo.
D) incentivar a publicação de estudos.
E) incentivar o surgimento de teorias.
Gabarito E

3) Leia o texto abaixo
Você não entende nada
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz coca-cola
Eu tomo
Você bota a mesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Não tá entendendo quase nada do que eu digo
 Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu me sento
Eu fumo
Eu como
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suíta
Eu tomo Bota a sobremesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Tem que saber que eu quero é correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo.
(VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. 1998)

A repetição da expressão eu quero, em diversos versos, tem por objetivo
A) fazer associações de sentido.
B) refutar argumentos anteriores.
C) detalhar sonhos e pretensões.
D) apresentar explicações novas.
E) reforçar a expressão dos desejos.
Gabarito E
4) Leia o texto abaixo.

Magia das Árvores
5
 Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais  pura magia. Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e  generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra.  É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob  a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas.

10
Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão  penetrando no solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos  mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água. Não erram  nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse  por que as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me

15
disse que as outras árvores que já acharam água ajudam as que ainda  estão procurando.   E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?   As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade,  nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se


disso.

Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992.
No trecho "Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso" (l. 15-16), as frases curtas produzem o efeito de  A) continuidade.  B) dúvida.  C) ênfase.  D) hesitação.
E) negação
Gabarito C

5) Leia esta tira abaixo.

No discurso entre Hagar e seu amigo, o autor da tirinha usou um recurso linguístico que é típico desse gênero textual. A partir do segundo quadrinho, conclui-se que tal recurso foi

A) intertextualidade.
B) ambiguidade.
C) interdiscursividade.
D) ironia.
E) metáfora.
Gabarito B
D-26: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e ou  o interlocutor.

Que habilidade pretendemos avaliar?
As variações linguísticas, evidentemente, manifestam-se por formas, marcas, estruturas que revelam características (regionais ou sociais) do locutor e, por vezes, do interlocutor a quem o texto se destina. Essas variações são, portanto, resultado do empenho dos interlocutores para se ajustarem às condições de produção e de circulação do discurso.
Um item relacionado a essa habilidade deve, portanto, centrar-se no reconhecimento das variações (gramaticais ou lexicais) que, mais especificamente, revelam as características dos locutores e dos interlocutores.
Essa habilidade vai exigir do aluno a habilidade em identificar as variações linguísticas resultantes da influência de diversos fatores, como o grupo social a que o falante pertence, o lugar e a época em que ele nasceu e vive, bem como verificar quem fala no texto e a quem este se destina, reconhecendo as marcas linguísticas expressas por meio de registros usados, vocabulário empregado, uso de gírias ou expressões ou níveis de linguagem.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
O professor deve trabalhar com textos que contenham muitas variantes linguísticas, privilegiando expressões informais, expressões regionais, expressões características de certa faixa etária ou de uma época etc. O trabalho com variação linguística é essencial para o desenvolvimento de uma postura não preconceituosa dos alunos em relação a usos linguísticos distintos dos seus. É importante que o professor mostre aos seus alunos as razões dos diferentes usos linguísticos por diferentes grupos de falantes, para que eles adquiram a noção do valor social atribuído a essas variações. Podemos, também, trabalhar a variação linguística em gravações de áudio e vídeo de textos orais (por exemplo, programas de televisão), dramatização de textos de vários gêneros e em atividades com músicas de estilos variados (regionais, sertanejas, entre outras).
Atividades de análise linguística a partir das quais os alunos possam refletir sobre a interferência dos fatores variados, que se manifestam tanto na modalidade oral como na escrita, favorecem o desenvolvimento desta habilidade. Os fatores que intervêm no uso da língua e provocam tal variação são de ordem geográfica (em função das regiões do país e de seus espaços rurais e urbanos), histórica (o que envolve a época histórica de sua produção), sociológica (tais como classe social ou gênero sexual), do contexto social, entre outros.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D26)
1) Propor a construção de uma lista itinerante
Atividade coletiva. Cada um vai receber uma página com a tabela abaixo e escrever o nome no lugar indicado. Ao sinal do professor  começar a preenchê-la. Diante de um novo sinal, trocar a folha com o colega que está atrás de você. Ela deverá continuar a lista. Assim a atividade será finalizada quando a página chegar novamente ao estudante que a iniciou.

Gírias de antigamente, que praticamente não são mais usadas atualmente
Palavras e expressões típicas de algumas regiões do Brasil
Palavras e expressões tipicamente usadas por vocês

























2) Posposta:
Leia o livro Preconceito linguístico
Divida em grupos os estudantes da sala. Cada grupo ficará com um capítulo. Após a leitura, peça que cada grupo apresente suas reflexões e conclusões sobre variação linguística.
QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D26)
1) Leia o texto a seguir
O dia em que tudo deu errado
 [...]
Eles me olharam, surpresos e curiosos. Continuei:
- Minha avó sempre dizia que aprendemos mais com nossos erros do que com nossos acertos. Ela falava que quanto mais uma pedra se desgasta pela ação do tempo, mais longe ela vai ricochetear. Vamos à lanchonete para nossa primeira festa do dia em que deu tudo errado.
Essa foi a primeira de muitas outras festas por coisas que deixaram de dar certo. Procurávamos o que podíamos comemorar em meio a tragédias, em vez de nos angustiarmos pelo que tínhamos sofrido.
 Espero ter plantado nas almas de meus filhos as sementes reunidas pela sabedoria das mulheres que me antecederam. E que essas sementes se espalhem nos seus próprios jardins um dia.
 [...]
CANFIELD. Jack. Histórias para aquecer o coração das mães. GMT: São Paulo.2007.
Este texto foi escrito por
A)um menino
B)um pai
C)uma menina
D)uma mulher
Gabarito D

2) O trecho que comprova a resposta acima é
A) Minha avó sempre dizia que aprendemos mais com nossos erros
B) Essa foi a primeira de muitas outras festas por coisas que deixaram de dar certo.
C) Espero ter plantado nas almas de meus filhos as sementes reunidas pela sabedoria das mulheres que me antecederam.
D) Procurávamos o que podíamos comemorar em meio a tragédias, em vez de nos angustiarmos
E) Eles me olharam, surpresos e curiosos
Gabarito C

3) Leia o texto abaixo

13 de Dezembro
Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O motorista me lembrou: Hoje é 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia. A igreja dela está cheia, ela protege os olhos da gente.
Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma coisa a ver comigo e nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que seria?
Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, que tivesse marcado um relacionamento para o bom ou para o pior?
Não lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava dentro de mim. E as horas se passaram iluminadas pelo intermitente piscar da luzinha vermelha dentro de mim. 13 de dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes da memória, vivo em parte dela e não posso ter brancos assim, um dia importante e não me lembro por quê.
Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o livro que estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez a cena noturna: eu chegando no prédio em que morava, no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da garagem, o homem que se aproximou e me avisou que o comandante do 1º Exército  queria falar comigo.
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar com o general Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar comigo.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já entrava dentro do meu carro, com uma pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o governo baixara o AI-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu amor me chamara e eu não vira a banda passar.
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar com o comandante do 1º Exército. O País talvez tenha melhorado, mas eu certamente piorei.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001.
A fala do motorista (ℓ. 2) é exemplo de linguagem
A) culta.
B) coloquial.
C) vulgar.
D) técnica.
E) regional.
Gabarito B

4) Leia o texto abaixo.
“Tem gente que nasce com coração maior ou menor, com vários defeitos. Essas são as cardiopatias congênitas, né, o coração pode nascer com inúmeros defeitos. Agora, o tamanho do coração também tem a ver com outros problemas que não são congênitos, como a insuficiência coronariana.
 www.acd.ufrj.br
Nesse texto, a fala representada revela um vocabulário muito comum no dia-a-dia de um
A) advogado.
B) economista.
C) mecânico.
D) médico.
Gabartito  D
5) Leia o texto abaixo
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa,desapontada, murmurou consigo: Deixa estar, seu malandro, que já te curo! E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
 Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães.
Fica para outra vez a festa, sim?
 Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza,  esperteza e meia.
Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1972.
O texto é narrado por quem?
a) Pelo galo.
b) Pela raposa.
c) Pela raposa e o galo.
d) Pelo narrador.
Gabarito  D

6) Retire do texto trechos que comprovam sua resposta anterior.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Gabarito
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo...
“E rapou-se. Com esperteza,  esperteza e meia.


D-17 : Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto,  marcadas por locuções adverbiais ou advérbios.

Que habilidade pretendemos avaliar?
Em todo texto de maior extensão, aparecem expressões conectoras  sejam conjunções, preposições, advérbios e respectivas locuções  que criam e sinalizam relações semânticas de diferentes naturezas. Entre as mais comuns, podemos citar as relações de causalidade, de comparação, de concessão, de tempo, de condição, de adição, de oposição etc. Reconhecer o tipo de relação semântica estabelecida por esses elementos de conexão é uma habilidade fundamental para a apreensão da coerência do texto.
Um item voltado para o reconhecimento de tais relações deve focalizar as expressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções, preposições ou locuções adverbiais.
Com este item, pretendemos avaliar a habilidade do aluno em perceber a coerência textual, partindo da identificação dos recursos coesivos e de sua função textual. No texto a seguir, enfatizamos a relação lógico-discursiva das conjunções.
Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Para desenvolver essa habilidade, o professor pode se valer de textos de gêneros variados para trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando aos alunos a importância de reconhecer que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto. Os textos argumentativos, os textos informativos, como, por exemplo, as notícias de jornais, são excelentes para trabalhar essa habilidade.
PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D17)
1) Leia o texto  de uma campanha para a Semana Nacional de Trânsito 2011.

In: http://campanhasdetransito.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html. Acesso em 17 03 2015.
Agora, pensando na ideia divulgada por esta peça da campanha, complete as frases abaixo e posteriormente explica: as relações lógico-discursivas entre partes.
Devemos respeitar a placa pare PORQUE...
Devemos respeitar a placa pare E...
Devemos respeitar a placa pare POIS...
Devemos respeitar a placa pare EMBORA...
Devemos respeitar a placa pare QUANDO...
Devemos respeitar a placa pare TANTO QUANTO...
2) Leia a entrevista abaixo.
Especialmente para revista Bichos, o repórter Bios viajou até Komodo, na Indionésia, e entrevistou uma personagem ilustre dessa ilha: o Dragão de Komodo. Faminto e arredio, o lagarto não quis entender o assunto e respondeu a cada uma das perguntas com apenas uma palavra. Diante da ultima resposta,  Bios achou mais prudente encerrar a conversa.

Bios: Você se alimenta de mamíferos?
Dragão: Certamente.
Bios: É verdade que as fêmeas da sua espécie abandonam os ovos após colocá-los nos ninhos?
Dragão: Imediatamente.
Bios: Seus dentes possuem bactérias letais. Se uma presa escapar de um atawue seu, ainda assim morrerá por infecção?
Dragão: Possivelmente.
Bios: Como você ataca as vitimas maiores que você?
Dragão: Sorrateiramente.
Bios: Você não ente medo?
Dragão: Absolutamente.
Bios: Seu faro é bom?
Dragão: Suficiente.
Bios: Os dragões machos mostram sua língua às fêmeas, para saber se elas o aceitam. É isso mesmo?
Dragão: Sempre
Bios: Dizem que os adultos da sua espécie podem atacar e devorar os dragões mais jovens...
Dragão: Realmente.
Bios: Os dragões de Komodo são capazes de se sustentar com apenas doze refeições por ano. Você está com fome agora?
Dragão: Demais.

Pilar Espi e Patrícia Ester. Prova Brasil e SAEB. Estratégias para desenvolver as capacidades avaliadas. Editora FAPI. Março, 2014.

No quadro abaixo, de acordo com o sentido que cada resposta expressa, faça o preenchimento correto.
Ideia de...
Advérbios

Tempo


Intensidade


Afirmação


Dúvida


Modo


Negação


Gabarito
Ideia de...
Advérbios

Tempo
Imediatamente, sempre

Intensidade
Suficiente, demais

Afirmação
Realmente, certamente

Dúvida
Possivelmente

Modo
Sorrateiramente

Negação
Absolutamente


2.1) Agora você será o entrevistador. Usando as mesmas respostas do dragão, crie perguntas como se você estivesse entrevistando o prefeito da sua cidade.
Pergunta:_________________________________________________
Resposta: Certamente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Imediatamente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Sorrateiramente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Demais.
Respostas pessoais que podem ser socializadas na turma.
QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D17)
1) Leia o texto
                           Poluição do solo
É na camada mais externa da superfície terrestre, chamada solo, que se desenvolvem os vegetais. Quando o solo é contaminado, tanto os cursos subterrâneos de água como as plantas podem ser envenenadas.
Os principais poluentes do solo são os produtos químicos usados na agricultura. Eles servem para destruir pragas e ervas daninhas, mas também causam sérios estragos ambientais.
O lixo produzido pelas fábricas e residências também pode poluir o solo. Baterias e pilhas jogadas no lixo, por exemplo, liberam líquidos tóxicos e corrosivos. Nos aterros, onde o lixo das cidades é despejado, a decomposição da matéria orgânica gera um líquido escuro e de mau cheiro chamado chorume, que penetra no solo e contamina mesmo os cursos de água que passam bem abaixo da superfície.
{...}
Almanaque Recreio. São Paulo: Abril. Almanaques CDD_056-9. 2003.
No trecho É na camada mais externa da superfície terrestre” (ℓ.1), a expressão sublinhada indica
A) causa.
B) finalidade.
C) lugar.
D) tempo.
E)intensidade
Gabarito C
2) Leia o texto abaixo
Câncer
As novas frentes de ataque
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz sem efeito colateral.
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20, mas deve-se admitir que houve também muitas esperanças de cura não concretizadas. Após sucessivas promessas de terapias revolucionárias, o século 21 começou com a notícia de uma droga comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em maio deste ano, na cidade de San Francisco, no EUA, em uma reunião com a presença de cerca de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas inteligentes: impedir a formação de tumores. Com essas drogas, será possível combater a doença sem debilitar o organismo, como ocorre na radioterapia e na quimioterapia convencional. O próximo passo é assegurar que as células cancerosas não se tornem resistentes à medicação. São, portanto, várias frentes de ataque. Além das mais de 400 drogas em testes, aposta-se no que já vinha dando certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.
O conectivo “portanto”, (ℓ. 13), estabelece com as ideias que o antecedem uma relação de
A) adversidade.
B) conclusão.
C) causa.
D) comparação.
E) finalidade.
Gabarito B

3) No trecho A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20... (l.01), a locução sublinhada  expressa uma relação lógico-discursiva de
A) tempo
B) lugar
C) causa
D) finalidade
E) comparação
Gabarito A


D-27: Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?
Se um texto é uma rede de relações, um tecido em que diferentes fios se articulam, nem todos os fios têm a mesma importância para o seu entendimento global. Tudo não pode ser percebido, portanto, como tendo igual relevância. Ou seja, há uma espécie de hierarquia entre as informações ou ideias apresentadas, de modo que umas convergem para o núcleo principal do texto, enquanto outras são apenas informações adicionais, acessórias, que apenas ilustram ou exemplificam o que está sendo dito. Perceber essa hierarquia das informações, das ideias, dos argumentos presentes em um texto constitui uma habilidade fundamental para a constituição de um leitor crítico e maduro.
Um item voltado para a avaliação dessa habilidade deve levar o aluno a distinguir, entre uma série de segmentos, aqueles que constituem elementos principais ou secundários do texto. É comum, entre os alunos, confundir partes secundárias do texto com a parte principal. A construção dessa competência é muito importante para desenvolver a habilidade de resumir textos.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Essa habilidade é característica, principalmente, de textos informativos e argumentativos. Dada a importância dessa habilidade para a compreensão das partes constitutivas do texto, sugere-se ao professor que, além de levar os alunos a se familiarizarem com esses textos, trabalhe efetivamente o desenvolvimento dessa habilidade por meio de outras práticas, tais como a elaboração de resumos, de esquemas, de quadros sinóticos etc.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D27)
1) Leia o texto e escreva qual é o assunto-tema principal de cada parágrafo do texto
A Outra História do Descobrimento do Brasil

Parece absurdo, mas é isso o que aprendemos na escola: os portugueses descobriram o Brasil, onde já viviam os índios. Ficamos tão acostumados a pensar assim, que não nos perguntamos como isso é possível. Os historiadores também não costumavam fazer essa pergunta. Sabiam que os índios viviam aqui antes da chegada de Cabral, mas falavam do descobrimento como se o Brasil fosse uma terra virgem. Será possível que um lugar já habitado possa ser virgem, isto é, intocado?


Bem, só se ele não for habitado por pessoas. Quando falamos em floresta virgem, por exemplo, não estamos dizendo que ela não é habitada por animais, mas, sim, que ela não foi alterada pelo homem. Quando afirmamos que "essas terras virgens foram descobertas por Cabral", estamos tratando seus habitantes originais, os índios, como se eles não fossem pessoas, mas, sim, parte da paisagem natural.


A palavra 'descobrimento', portanto, está no lugar de outro termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a ser o território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses aos povos indígenas.


Quando os europeus chegaram à costa brasileira, encontraram diversos grupos indígenas, cujos costumes e línguas eram muito parecidos. No conjunto, esses grupos ficaram conhecidos como Tupi-Guarani, embora possamos distinguir dois grandes blocos: os Tupi, que dominavam o litoral desde o sul do estado de São Paulo até, pelo menos, o Ceará; e os Guarani, que viviam mais ao sul, na bacia dos rios Paraná-Paraguai e em nossa costa meridional.


Não se deve pensar, porém, que os Tupi e os Guarani formavam, cada qual, uma grande nação. Ao contrário, eles estavam divididos em diferentes grupos, geralmente inimigos entre si. E os europeus souberam bem se aproveitar das brigas internas dos Tupi-Guarani, unindo-se a alguns grupos para atacar outros. A aliança entre brancos e índios dava-se pela oferta de presentes (como machados de metal, facas, espelhos, tecidos trocados por farinha, caça, filhotes de animais e madeira), pela participação comum em atividades de guerra e pelo casamento de índias com brancos.


Muitas vezes, os conquistadores estimulavam a inimizade entre os índios para dominar o território com mais facilidade. Mesmo quando os Tupi conseguiam reunir um número considerável de aldeias para atacar áreas sob domínio português, tinham de enfrentar índios fiéis aos colonizadores. Assim, embora fossem maioria, os índios acabaram sendo derrotados


Não foi só como parceiros na guerra e na troca que os europeus encontraram um lugar no mundo indígena. Talvez porque chegassem pelo mar, em grandes navios, trazendo objetos desconhecidos, como armas de fogo e ferramentas de metal, os Tupi associaram os europeus a seus grandes pajés, que andavam de aldeia em aldeia, curando, profetizando e falando de uma terra de abundância. Esses pajés eram chamados pelos Tupi de Caraíba e os europeus ficaram conhecidos por esse nome. Até hoje, muitos grupos indígenas chamam os não-índios de Caraíba.


Os jesuítas - padres enviados ao Brasil com a missão de convencer os índios a se tornarem católicos - aproveitaram-se dessa associação do europeu com os grandes pajés nativos, para facilitar seu trabalho. O discurso e as práticas dos padres, como José de Anchieta, concorriam com os dos pajés. Muitos grupos indígenas foram convencidos a abrigar-se nos aldeamentos jesuítas sob a proteção espiritual dos missionários. Outros fugiram para o interior, para escapar tanto dos padres como dos soldados portugueses.


Esse medo tinha razão de existir. Alguns autores estimam que havia cerca de um milhão de índios na costa brasileira, em 1500. Um século depois, essa população havia praticamente desaparecido. A maior parte morreu nas guerras de conquista, por maus-tratos e pelas doenças trazidas pelos conquistadores.

FAUSTO, Carlos. Revista CHC. Edição 500-anos-de-história-para-contar. Rio de Janeiro: Departamento de Antropologia, Museu NacionalUFRJ, 12 maio 2000.
Gabarito
Questiona se o Brasil foi descoberto pelos portugueses.
Parece absurdo, mas é isso o que aprendemos na escola: os portugueses descobriram o Brasil, onde já viviam os índios. Ficamos tão acostumados a pensar assim, que não nos perguntamos como isso é possível. Os historiadores também não costumavam fazer essa pergunta. Sabiam que os índios viviam aqui antes da chegada de Cabral, mas falavam do descobrimento como se o Brasil fosse uma terra virgem. Será possível que um lugar já habitado possa ser virgem, isto é, intocado?

O Brasil não rea uma terra virgem, pois já era habitada pelos índios.
Bem, só se ele não for habitado por pessoas. Quando falamos em floresta virgem, por exemplo, não estamos dizendo que ela não é habitada por animais, mas, sim, que ela não foi alterada pelo homem. Quando afirmamos que "essas terras virgens foram descobertas por Cabral", estamos tratando seus habitantes originais, os índios, como se eles não fossem pessoas, mas, sim, parte da paisagem natural.

As terras brasileiras não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugeses.
A palavra 'descobrimento', portanto, está no lugar de outro termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a ser o território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses aos povos indígenas.

Os portugueses encontraram grupos indígenas com costumes e línguas parecidos.
Quando os europeus chegaram à costa brasileira, encontraram diversos grupos indígenas, cujos costumes e línguas eram muito parecidos. No conjunto, esses grupos ficaram conhecidos como Tupi-Guarani, embora possamos distinguir dois grandes blocos: os Tupi, que dominavam o litoral desde o sul do estado de São Paulo até, pelo menos, o Ceará; e os Guarani, que viviam mais ao sul, na bacia dos rios Paraná-Paraguai e em nossa costa meridional.

Muitos grupos indígenas eram inimigos.
Não se deve pensar, porém, que os Tupi e os Guarani formavam, cada qual, uma grande nação. Ao contrário, eles estavam divididos em diferentes grupos, geralmente inimigos entre si. E os europeus souberam bem se aproveitar das brigas internas dos Tupi-Guarani, unindo-se a alguns grupos para atacar outros. A aliança entre brancos e índios dava-se pela oferta de presentes (como machados de metal, facas, espelhos, tecidos trocados por farinha, caça, filhotes de animais e madeira), pela participação comum em atividades de guerra e pelo casamento de índias com brancos.

Os conquistadores  estimulavam a inimizade  entre os índios.
Muitas vezes, os conquistadores estimulavam a inimizade entre os índios para dominar o território com mais facilidade. Mesmo quando os Tupi conseguiam reunir um número considerável de aldeias para atacar áreas sob domínio português, tinham de enfrentar índios fiéis aos colonizadores. Assim, embora fossem maioria, os índios acabaram sendo derrotados

Os europeus, chamados de caraíbas, eram comparados aos pajés.
Não foi só como parceiros na guerra e na troca que os europeus encontraram um lugar no mundo indígena. Talvez porque chegassem pelo mar, em grandes navios, trazendo objetos desconhecidos, como armas de fogo e ferramentas de metal, os Tupi associaram os europeus a seus grandes pajés, que andavam de aldeia em aldeia, curando, profetizando e falando de uma terra de abundância. Esses pajés eram chamados pelos Tupi de Caraíba e os europeus ficaram conhecidos por esse nome. Até hoje, muitos grupos indígenas chamam os não-índios de Caraíba.

Os jesuítas vieram para convencer os índios a se tornarem católicos.
Os jesuítas - padres enviados ao Brasil com a missão de convencer os índios a se tornarem católicos - aproveitaram-se dessa associação do europeu com os grandes pajés nativos, para facilitar seu trabalho. O discurso e as práticas dos padres, como José de Anchieta, concorriam com os dos pajés. Muitos grupos indígenas foram convencidos a abrigar-se nos aldeamentos jesuítas sob a proteção espiritual dos missionários. Outros fugiram para o interior, para escapar tanto dos padres como dos soldados portugueses.

Os motivos para a drástica diminuição da população indígena.
Esse medo tinha razão de existir. Alguns autores estimam que havia cerca de um milhão de índios na costa brasileira, em 1500. Um século depois, essa população havia praticamente desaparecido. A maior parte morreu nas guerras de conquista, por maus-tratos e pelas doenças trazidas pelos conquistadores.


2) A questão central do texto é
A) papel real do europeu como conquistador e não como descobridor do Brasil.
B) povo indígena e a importância de sua riqueza cultural.
C) trabalho dos jesuítas na catequização dos indígenas.
D) uso da inimizade entre grupos indígenas a favor dos interesses europeus.
E) a missão dos jesuítas, padres enviados ao Brasil, de convencer os índios a se tornarem católicos.
Gabarito A

TÉCNICA PARA EXTRAIR AS IDEIAS PRINCIPAIS DO TEXTO: RESUMO
Para aprender a extrais as principais ideias de um texto, uma boa técnica é o resumo. Resumir é ler um texto, analisá-lo, para depois escrever em poucas linhas o que é mais importante, ou seja, as ideias principais do texto. Importante saber que, quando faço um resumo, não faço comentários ou julgamentos.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
as partes essenciais do texto;
a progressão em que elas aparecem no texto;
a correlação entre cada uma das partes.
Existem basicamente 4 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização, a construção e o sublinhar..Veja a seguir, exemplos de como utilizar essas técnicas na hora de fazer um bom resumo.

APAGAMENTO
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos  e locuções adjetivas e os advérbios e locuções adverbiais, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O ritmo de vida atribulado, com uma rotina cada vez mais atribulada e cansativa  em razão das inúmeras atividades escolares e extracurriculares, como cursos de idiomas  têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas. Somado a isso, há a má utilização do tempo livre, geralmente gasto com horas em frente à televisão, computador ou videogame.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx
Sendo esse o parágrafo a ser resumido através do apagamento, poderia ficar assim:
O ritmo de vida atribulado em razão das inúmeras atividades escolares e extra-curriculares, têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas.


GENERALIZAÇÃO
A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
Consumo excessivo de doces, fast-foods e snakcs (pequenos lanches, geralmente nada saudáveis, entre as refeições) são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

As palavras em destaque são doces, fast-foods e snakcs.   Então, o resumo do parágrafo poderia ficar assim:
Consumo excessivo de lanches nada saudáveis são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos.

.
CONSTRUÇÃO
A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
“A atividade física é muito importante e fundamental na vida da criança e do adolescente, uma vez que o exercício acelera o metabolismo, ajuda no crescimento e desenvolvimento psicológico e do corpo, evitando o estresse e motivando-os a desenvolver outras atividades. Além disso, o exercício físico pode representar um momento de lazer e descanso das atividades habituais. Promove o desenvolvimento social, trazendo bem-estar, assim como inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

Todos os benefícios físicos e psicológicos indicados pelo texto podem ser sintetizados, e o resumo do parágrafo poderia ficar desta forma:
A atividade física na vida da criança e do adolescente traz inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.

SUBLINHAR
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar. Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir daí, aplique as três técnicas: apagamento, generalização e construção, para reescrevê-lo.
“Ainda que o fator genético tenha grande importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, estudos recentes mostram que os hábitos alimentares influenciam de forma considerável no metabolismo das crianças. Quando elas se habituam a comer corretamente e entendem, de fato, a importância da alimentação saudável em sua vida, podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

Juntando as palavras e frases que foram sublinhadas no exemplo acima, nosso resumo poderá ficar assim:
“O  fator genético é importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, mas os hábitos alimentares influenciam no metabolismo das crianças. Quando entendem a importância da alimentação saudável podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.

Depois, aplicando as técnicas de apagamento, de generalização e da construção, nosso resumo do parágrafo poderá ficar assim:
“O  fator genético e os hábitos alimentares contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil. Os  bons hábitos podem ser levados para a fase adulta.


APÓS A EXPLICAÇÃO, AGORA É A SUA VEZ!
Faça o resumo do texto. Para isso, utilize as técnicas do apagamento, da generalização, da construção e do sublinhar. Assim você também estará exercitando sua leitura sobre a ideia principal e secundária dos parágrafos.

Alimentação saudável na infância e adolescência

A realidade entre crianças e adolescentes mostra um caminho contrário ao da busca pela saúde. Sobrepeso e obesidade crescem cada vez mais nesta parcela da população, preocupando a saúde pública.
Consumo excessivo de doces, fast-foods e snakcs (pequenos lanches, geralmente nada saudáveis, entre as refeições) são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos. Rodeados pela forte influência da mídia  que incentiva cada vez mais o consumo de alimentos ricos em gorduras e com alto valor calórico , tornam-se presas fáceis das grandes indústrias alimentícias.
O marketing e a publicidade das indústrias de alimentos são tão fortes que os produtos anunciados acabam se tornando referência em alimentação para crianças e adolescentes, ainda na fase de desenvolvimento psicológico. Fatores biológicos, como pré-disposição genética, ou psicológicos, como distúrbios, chateações, problemas e situações cotidianas também são os vilões na busca de uma vida mais saudável.
 Os fatores socioeconômicos facilitam a compra de alimentos mais caros, mas, nem por isso, mais saudáveis. Já os fatores sócio-comportamentais englobam todo o ambiente em que a criança está inserida, como a casa, a escola e toda influência que a mesma sofre neste ambiente.              Essa realidade do surgimento do sobrepeso e obesidade entre os jovens, pelo excesso de consumo de alimentos de alto valor calórico e baixo consumo de frutas, leguminosas e hortaliças é uma realidade bastante triste e preocupante para os pais. É o que mostram estudos recentes sobre a alimentação e estado nutricional de crianças e adolescentes. Cada vez mais cedo, estes vêm desenvolvendo doenças que antes eram comuns somente em adultos.            Além do sobrepeso e da obesidade, é comum encontrar crianças com estas doenças associadas a outras patologias, como hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes, hipotireoidismo e outros distúrbios hormonais. Existem ainda co-morbidades que podem representar risco para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Estudos mostram que a presença dessas patologias pode afetar o metabolismo infantil, atrapalhando o crescimento e desenvolvimento, podendo também acarretar doenças futuras na fase adulta.
 Para ambos os sexos, quanto mais precoce é o início do distúrbio do peso, maior a susceptibilidade ao desenvolvimento de sobrepeso e obesidade na vida adulta, sendo a faixa de 4 a 8 anos de idade a de maior ocorrência. E esse quadro pode ser ainda mais agravado caso a criança seja sedentária.
O ritmo de vida atribulado, com uma rotina cada vez mais atribulada e cansativa  em razão das inúmeras atividades escolares e extracurriculares, como cursos de idiomas  têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas. Somado a isso, há a má utilização do tempo livre, geralmente gasto com horas em frente à televisão, computador ou videogame.
A atividade física é muito importante e fundamental na vida da criança e do adolescente, uma vez que o exercício acelera o metabolismo, ajuda no crescimento e desenvolvimento psicológico e do corpo, evitando o estresse e motivando-os a desenvolver outras atividades. Além disso, o exercício físico pode representar um momento de lazer e descanso das atividades habituais. Promove o desenvolvimento social, trazendo bem-estar, assim como inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.
A população infantil é, do ponto de vista socioeconômico e cultural, dependente do ambiente em que vive, que é, na maioria das vezes o ambiente familiar. Suas atitudes sempre serão reflexo deste ambiente, ou seja, a criança observará os exemplos que tem em casa e seguirá estes exemplos. Quando o ambiente em que a criança está inserida não é favorável, essa situação pode desencadear distúrbios alimentares, desenvolvimento de sobrepeso e obesidade e até mesmo a desnutrição infantil.
Cabe aos pais se preocuparem e se conscientizarem com a saúde, bem-estar e qualidade de vida de seus filhos. Vale lembrar que as boas atitudes e exemplos começam em casa: proporcionar uma boa alimentação desde que a criança é ainda bebê pode ajudá-la a crescer e se desenvolver com mais saúde. Um bom exemplo é a amamentação, pois estudos confirmam que o consumo adequado do leite materno é um fator protetor contra a obesidade infantil.
Daí a importância de estipular horários adequados para cada refeição, sem pular nenhuma delas. Além disso, é imprescindível observar as preferências alimentares das crianças e adolescentes  o que eles costumam colocar no prato , incentivar o consumo de alimentos saudáveis e explicar a importância de uma alimentação saudável para um bom crescimento e desenvolvimento do organismo em sua fase de crescimento.
Ainda que o fator genético tenha grande importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, estudos recentes mostram que os hábitos alimentares influenciam de forma considerável no metabolismo das crianças. Quando elas se habituam a comer corretamente e entendem, de fato, a importância da alimentação saudável em sua vida, podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.
Mas não basta proibir o consumo de certos alimentos. O certo é explicar, conscientizar a criança ou o adolescente da importância de uma alimentação saudável e, principalmente, dos malefícios que trazem o excesso do consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e de alto valor calórico.
E, ainda que, a longo prazo, os resultados virão. Além de uma melhor a qualidade de vida, bem-estar e saúde, estes jovens diminuirão os riscos de patologias e problemas futuros, tornando-se adultos mais saudáveis.

IZAC,  Danielle Dutra.Jornal Conversa Pessoal, ano VIII, nº 97, dez. 2008. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

SUGESTÕES
PROFESSOR,
Converse com os alunos sobre as técnicas de resumo indicadas nesta proposta, explicando cada exemplo detalhadamente. Depois, peça-lhe que colem uma reprodução destas folhas no caderno, para que possam tirar dúvidas sobre como utilizar as técnicas, sempre  que necessário. A partir desse momento, proponha que eles façam o resumo do texto coletivamente e com sua coordenação. Depois, proponha-lhes que façam resumos de outros textos, principalmente, informativos. Para isso, você pode sugerir que eles resumam textos dos conteúdos de outras disciplinas: Ciências, Biologia, História, Geografia, etc. Os primeiros resumos podem devem ser feitos coletivamente e sob sua coordenação direta. Quando sentir que os alunos estão conseguindo utilizar de forma mais autônoma as técnicas de resumo, proponha resumos em grupos, duplas, e, finalmente, o individual. O habito de fazer resumos é importante porque contribui, dentre outras coisas, para o desenvolvimento da habilidade de identificar o tema principal de um texto.

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D27)

1. Leia o texto.
                                         Animais no espaço
            Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas.

Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.
Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial.
Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições.
                                                  (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)
Entre as informações do texto acima, uma das principais é que
A) o chimpanzé mais famoso viajou para o espaço a bordo da Mercury-Atlas 5.
B) os cientistas descobrem problemas que podem acontecer com as pessoas.
C) a cadela Laika viajou ao espaço quatro anos depois de Gagarin.
D) a viagem do mais famoso macaco para o espaço aconteceu em 1961.
E) na nave espacial serviam pastilhas de banana durante as refeições.
Gabarito B

2) Leia o texto a seguir, buscando encontrar qual é o seu assunto principal

Anvisa restringe celebridade em propaganda de remédio
 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma nova resolução que, entre outras medidas, proíbe a exibição de imagem ou voz de celebridades recomendando medicamento isento de prescrição ou sugerindo seu uso em propagandas. Segundo nota da agência, os artistas famosos poderão aparecer nas peças publicitárias, mas sem fazer esse tipo de orientação. A recomendação de remédios de forma não declaradamente publicitária em filmes, espetáculos teatrais e novelas estão proibidos. Não será possível usar expressões como tome, use, ou experimente.
Disponível em Acesso em: www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2008/12/18/30745,anvisa-restringe-celebridades-em-propagand-de-remedio.html. Acesso em 15/03/2015.

A informação central do texto 1 é que a ANVISA proibiu a
A) presença de famosos em propagandas de medicamentos.
B) recomendação indireta do uso de medicamentos, em propagandas com a presença de famosos.
C) exibição de propagandas de remédios em teatros e filmes.
D) presença de expressões como tome, use ou experimente em propagandas comerciais.
Gabarito D

3) O texto 1 informa que os artistas famosos poderão aparecer nas peças publicitárias, mas sem fazer esse tipo de orientação. A expressão destacada pode ser substituída, sem mudar o sentido do texto, por
A ) propagandas de medicamentos em filmes, espetáculos teatrais e novelas.
B ) indicação de remédios de forma não declaradamente publicitária.
C ) uso das expressões tome, use ou experimente.
D ) recomendações ou sugestões de uso de medicamentos.

Gabarito C














































REFORÇO

Descritores abaixo de 50%
ano 2014
Ensino fundamental e Médio

Gerente da Regional Metropolitana Sul

José Amaro Barbosa da Silva


Chefe da Unidade de Desenvolvimento

Ana Cristina de Barros Amaral


Equipe Técnica de Língua Portuguesa

Cristiane Renata da Silva Cavalcanti
Jamil Costa Ramos
Jaqueline Batista da Costa
Samuel Lira de Oliveira

E-mail: linguaportuguesametrosul@gmail.com









































Brasil. Ministério da Educação.
PDE : Plano de Desenvolvimento da Educação : Prova Brasil : ensino fundamental : matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008.
Brasil. Ministério da Educação. PDE : Plano de Desenvolvimento da Educação : SAEB : ensino médio : matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília : MEC, SEB; Inep, 2008.




APRESENTAÇÃO
Caro(a) professor(a)
A educação básica vivencia atualmente uma mobilização por qualificação e implantação de diferentes iniciativas que se propõem a fornecer subsídios para investimentos financeiros e gerenciais. Nesse contexto, as avaliações externas (Prova Brasil, Saeb e SAEPE)  aplicadas em todo país , com o objetivo de coletar dados para orientar as ações governamentais, apresentam-se como instrumentos avaliativos do desempenho dos nossos estudantes em Língua Portuguesa.
Esses testes objetivam evidenciar habilidades e competências construídas ao longo de determinados períodos da escolaridade fundamental, ao mesmo tempo em que expõem fraquezas e necessidades.
Muitos são os questionamentos e discussões que essas avaliações suscitam e continuarão a provocar pelo país. Pensando nisso, decidimos criar este caderno de reforço  a fim de estabelecermos um diálogo entre as matrizes de referência das avaliações  e a prática cotidiana em sala de aula.
Este é um material que tem a intenção de lhe oferecer algumas estratégias simples e práticas que, uma vez aplicadas com os alunos, favorecerão o desenvolvimento de habilidades de leitura essenciais à vida daqueles que serão efetivos leitores do mundo.
Também gostaríamos de informá-los de que a ideia não é de treinar alunos para provas; e sim trabalharmos na perspectiva de construção das habilidades avaliadas porque são fundamentais e impactam fortemente a aprendizagem dos estudantes em todas as áreas de conhecimento.
Desejamos que você tenha sucesso nesta tarefa e que conte com os recursos e estratégias didáticas aqui disponibilizados para torná-la mais rica e interessante!
Bom trabalho!


Nosso abraço,
Equipe de Língua Portuguesa.








RESULTADO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA- LÍNGUA PORTUGUESA 2014
DESCRITORES MAIS CRÍTICOS
Percentual de acerto por Descritor
Língua Portuguesa  3ª Série do Ensino Médio
Rede Pública  Regional Metropolitano Sul



Percentual de acerto por Descritor
Língua Portuguesa  9º Ano  do Ensino Fundamental
Rede Pública  Regional Metropolitano Sul



Através da leitura dos gráficos, percebemos que no Ensino Fundamental os descritores mais críticos foram: D10, D17, D19, D24, D27. No Ensino Médio os descritores mais críticos foram:D10, D19, D23, D24, D26.

D-10: Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato
A opinião é aquilo que alguém pensa que ocorreu, é uma interpretação de um fato.
Que habilidade pretendemos avaliar?
Por meio de itens referentes a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a distinguir as partes dele referentes a um fato e as relativas a uma opinião relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum personagem.
Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Para trabalhar em sala de aula a habilidade de estabelecer a diferença entre fato e opinião sobre o fato, sugerimos que o professor recorra a gêneros textuais variados, especialmente os que apresentam estrutura narrativa como contos (fragmentos) e crônicas.
Os textos argumentativos também se prestam para trabalhar essa habilidade. Porém, é importante que o professor leve o aluno a compreender as situações criadas pelos instrumentos gramaticais, como as expressões adverbiais e as denotativas, em vez de limitar o trabalho à mera referencialidade ou influência externa de intromissão do locutor/produtor/narrador no texto.


PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D10)
1) Leia o texto a seguir
                     
                                                     Hans Christian Andersen
Hans Christian Andersen (Odense, 2 de Abril de 1805  Copenhaga, 4 de Agosto de 1875) foi um escritor e poeta de histórias infantis, nascido na atual Dinamarca. [...] Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.[]
Entre os contos de Andersen destacam-se: O Abeto, O Patinho Feio, A Caixinha de Surpresas, Os Sapatos Vermelhos, O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Rei, A Princesa e a Ervilha, A Pequena Vendedora de Fósforos, A Polegarzinha, A Rainha do Gelo, A Pastora e o Limpa-chaminés, dentre outros.
[...]
Graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, a data de seu nascimento, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante  brasileira   a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.
In:http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Christian_Andersen. Acesso em 13 /03 /2015.

Fato
Opinião

Anderson escreveu o conto A Pequena Vendedora de Fósforos.
A pequena vendedora de fósforo é um dos contos mais emocionantes que já li.

Hans Christian Andersen nasceu em  2 de Abril de 1805.
Andersen é do tempo do ronca. Uma múmia.

Anderson escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias.
Anderson é um escrito multi gêneros. Uma revelação cultural.

Andersen escreveu o conto O Patinho Feio.
Eu adoro o conto O patinho feio, sempre fico triste quando o leio.


Agora escreva uma opinião sobre as imagens feitas por Andresen.

Palhaço segurando uma bandeja com edificações sobre ela.
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A Pastora e o Limpa-chaminés
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O que é o que é?
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2) Leia o texto a seguir

LIVRO DIGITAL
Um livro digital (livro eletrónico/eletrônico ou o anglicismo e-book) é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro em formato digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs, Leitor de livros digitais ou até mesmo celulares que suportem esse recurso.
Os formatos mais comuns de Ebooks são o PDF, HTML e o ePUB. O primeiro necessita do conhecido leitor de arquivos Acrobat Reader ou outro programa compatível, enquanto que o segundo formato precisa de um navegador de Internet para ser aberto. O Epub é um formato de arquivo digital padrão específico para ebooks.
Por ser um dispositivo de armazenamento de pouco custo, e de fácil acesso devido à propagação da Internet nas escolas, pode ser vendido ou até mesmo disponibilizado para download em alguns portais de Internet gratuitos.

Origem e evolução
1971: Michael Hart lidera o projecto Gutenberg que procura digitalizar livros de domínio público para oferecê-los gratuitamente.
1993: Zahur Klemath Zapata registra o primeiro programa de livros digitais. Digital Book v.1, DBF.
1993: Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey.
1995: Amazon começa a vender livros através da Internet.
1996: O projecto Gutenberg alcança os 1.000 livros digitalizados. A meta é um milhão.
1998: São lançados ao mercado os leitores de livros electrónicos: Rocket ebook e Softbook.
1998-1999: Surgem sítios na Internet que vendem livros electrónicos, como eReader.com e eReads.com.
2000: Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser lído em computadores.
2002: As editoras Random House e HaperCollins começam a vender versões electrónicas dos seus títulos na Internet.
2005: Amazon compra Mobipocket na sua estratégia sobre o livro electrónico.
2006: Acordo entre Google e a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar 2 milhões de títulos.
2006: Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia da tinta electrónica.
2007: Amazon lança o Kindle.
2008: Adobe e Sony fazem compatíveis suas tecnologias de livros electrónicos (Leitor e DRM).
2008: Sony lança seu PRS-505.
2009: Barnes & Noble lança o Nook.
2010: Apple lança o iPad.

Vantagens em relação ao livro tradicional
A principal vantagem do livro digital é a sua portabilidade. Eles são facilmente transportados em disquetes, CD-ROMs, pen-drives e cartões de memória.
Como se encontra no formato digital, pode ser transmitido rapidamente por meio da Internet. Se um leitor que se encontra no Japão, por exemplo, e tiver interesse em adquirir um livro digital vendido nos Estados Unidos ou no Brasil, pode adquiri-lo imediatamente e em alguns minutos estará lendo tranquilamente o seu ebook.
Outra vantagem é o preço. Como seu custo de produção e de entrega é inferior, um livro digital de alto padrão, como os encontrados em sítios especializados, pode chegar às mãos do leitor por um preço até 80% menor que um livro impresso, quando não for gratuito. Deve-se lembrar de que o livro digital não precisa entrar em filas de impressão em gráficas, como ocorre tradicionalmente. Assim, uma vez prontos para distribuição, basta entrar em redes on-line de venda e distribuição.
Mas um dos grandes atrativos para livros digitais é o fato de já existirem softwares capazes de os ler, em tempo real, sem sotaques robotizados e ainda converter a leitura em uma mídia sonora, como o MP3, criando audiobooks.

Direitos autorais
Assim como um livro tradicional, o livro digital é protegido pelas leis de direitos autorais. Isso significa que eles não podem ser alterados, plagiados, distribuídos ou comercializados de nenhuma forma, sem a expressa autorização de seu autor. No caso dos livros digitais gratuitos, devem ser observadas as regras e leis que regem as obras de domínio público ou registros de códigos abertos para distribuição livre.
[...]
In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_digital. Acesso em 14 02 2015.

2.1) Qual a sua opinião sobre os livros digitais? Discuta-a com os colegas e depois socialize com o professor (a)?
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2.2) Selecione, no texto, um fato e escreva uma opinião sobre ele.
Fato
Opinião














2.3) Qual dos trechos a seguir traz um fato?
A) A  principal vantagem do livro digital é sua portabilidade.
B) ...Do assassinato, considerado uma das belas artes, de Thomas de Quincey.
C) Outra vantagem é o preço.
D) Um livro digital é um livro [...] que pode ser lido em equipamentos eletrônicos.
GABARITO D

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D10)
1) Leia o texto.
                                  Não se perca na rede
A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas com.br.
(Paulo DAmaro) Disponível em: Acesso em Julho /2008.

O artigo foi escrito por Paulo DAmaro. Ele misturou informações e análises do fato. O período que apresenta uma opinião do autor é
A) foram criados sistemas de busca.
B) essa avalanche de informações pode atrapalhar.
C) sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.
D) A internet é o maior arquivo público do mundo.
E) Há vários tipos.
GABARITO B

2) Leia o texto abaixo.
ENTENDA MELHOR ESSE FENÔMENO

Primeiro o céu fica bem escuro e começa a chover. Aí vem um clarão bem forte, seguido de um barulho enorme. E a gente toma o maior susto! O nome desse fenômeno, poderoso e às vezes assustador, é raio. O raio nasce em nuvens grandes e escuras, que têm a parte de baixo lisa. Elas são conhecidas como cúmulos-nimbos e ficam bem altas, entre 2 e 18 quilômetros do chão. Quando estão cheias de gotículas de água e pequenos pedaços de gelo, caem grandes tempestades. Com o vento as pedrinhas de gelo batem umas nas outras. Essa agitação cria partículas de eletricidade na nuvem.
Se uma nuvem com muitas partículas elétricas negativas encontra outra com muitas partículas positivas, elas trocam essas partículas, formando uma corrente elétrica poderosa. Também pode acontecer de se formar uma corrente elétrica entre uma nuvem e o solo. Nos dois casos, o resultado final é o raio.
(MOIÓLI, Júlia. Revista Recreio n.411. Janeiro/2008)

A opinião da autora desse texto, a respeito dos raios, é que eles
A) surgem em um clarão seguido de um barulho.
B)  nascem em grandes nuvens escuras.
C)  são formados por corrente elétrica.
D)  são fenômenos poderosos e assustadores.
Gabarito D

D-19: Identificar a tese de um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?
Em geral, um texto dissertativo expõe uma tese, isto é, defende um determinado posicionamento do autor em relação a uma ideia, a uma concepção ou a um fato. A exposição da tese constitui uma estratégia discursiva do autor para mostrar a relevância ou consistência de sua posição e, assim, ganhar a adesão do leitor pela adoção do mesmo conjunto de conclusões.
Um item que avalia essa habilidade deve ter como base um texto dissertativo argumentativo, no qual uma determinada posição ou ponto de vista são defendidos e propostos como válidos para o leitor.
Este descritor indica a habilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a ideia central defendida pelo autor. A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
A exposição da tese constitui uma estratégia discursiva do autor para mostrar a relevância ou consistência de sua posição e, assim, ganhar a adesão do leitor pela adoção do mesmo conjunto de conclusões.
A diversidade de convívio com gêneros e com suportes é uma das diretrizes da pedagogia de leitura na atualidade.
O professor deve trabalhar, em sala de aula, com textos argumentativos para que os alunos tenham a oportunidade de desenvolver habilidades de identificar as teses e os argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las. Essa tarefa exige que o leitor reconheça o ponto de vista que está sendo defendido. O grau de dificuldade dessa tarefa será maior se um mesmo texto apresentar mais de uma tese.

PROPOSTAS  DE  2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D19)
1)Sabendo que a tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado. Nos  parágrafos abaixo, sublinhe a tese e coloque os argumentos entre parênteses.
a) As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão.
(Opinião, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp)

b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na América do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drástica repressão às oposições e dissidências, com a adoção da tortura e da perseguição como  política de governo. Ao fim desses regimes autoritários adotaram-se formas semelhantes de transição com a aprovação das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes públicos. (Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

c) Todos os palestrantes concordaram que a participação da sociedade civil é fundamental para que qualquer debate sobre a comunicação avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Câmara e do Senado, será muito difícil avançar, discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vínculos ou até mesmo são proprietários de meios de comunicação. Até os Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monopólios e define que quem tem rádio não pode ter televisão, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas.  (Ricardo Carvalho. Regulação da mídia é pela liberdade de expressão. Carta capital.
In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)

d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, não é necessário que o Brasil lance mão de práticas baseadas no uso de agrotóxicos e mudanças genéticas para alimentar a população. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua população e este tipo de artifício não é necessário. A lógica dessa utilização é a do capital em detrimento do respeito ao cidadão e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade", protesta. (Raquel Júnia. Agronegócio não garante segurança alimentar.
Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)

e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualização sobre a dinâmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notícia é veiculada por esses meios é clara, garantindo a complementaridade da construção do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didáticos. O apoio didático representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca.
(Ana Regina Bastos - Revista Eletrônica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)
Gabarito
Em verde a tese e em vermelho os argumentos
a) As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. (ARG 1) /// Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão. (ARG 2) (Opinião, site o Globo. In: http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2011/04/12/a-quem-interessa-um-plebiscito-sobre-desarmamento-924221689.asp)

b) As ditaduras militares foram uma infeliz realidade na América do Sul dos anos 1960 e 1970. Em todas elas houve drástica repressão às oposições e dissidências, com a adoção da tortura e da perseguição como  política de governo. Ao fim desses regimes autoritários adotaram-se formas semelhantes de transição com a aprovação das chamadas leis de impunidade, as quais incluem as anistias a agentes públicos. (Eugênia Augusta Gonzaga e Marlon Alberto Weichert, Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-promovera-justica)

c) Todos os palestrantes concordaram que a participação da sociedade civil é fundamental para que qualquer debate sobre a comunicação avance no Congresso. Se dependermos apenas do conservadorismo da Câmara e do Senado, será muito difícil avançar, (ARG 1) discursou o deputado Ivan Valente. Ele destacou o fato de que existem parlamentares no Congresso que tem fortes vínculos ou até mesmo são proprietários de meios de comunicação (ARG 2). Até os Estados Unidos, o país mais liberal do mundo, estabelece limites para evitar monopólios e define que quem tem rádio não pode ter televisão, e vice-versa. Precisamos pautar-nos em propostas como essas (ARG 3).  (Ricardo Carvalho. Regulação da mídia é pela liberdade de expressão. Carta capital. In: http://www.cartacapital.com.br/politica/regulacao-da-midia-e-pela-liberdade-de-expressao)

d) Para a presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Rosane Nascimento, não é necessário que o Brasil lance mão de práticas baseadas no uso de agrotóxicos e mudanças genéticas para alimentar a população. "Estamos cansados de saber que o Brasil produz alimento mais do que suficiente para alimentar a sua população (ARG 1)  e este tipo de artifício não é necessário. A lógica dessa utilização é a do capital em detrimento do respeito ao cidadão e do direito que ele tem de se alimentar com qualidade"(ARG 2), protesta. (Raquel Júnia. Agronegócio não garante segurança alimentar. Caros Amigos. In: http://carosamigos.terra.com.br/)
e) A leitura de jornais e revistas facilita a atualização sobre a dinâmica dos acontecimentos e promove o enriquecimento do debate sobre temas atuais. A rapidez com que a notícia é veiculada por esses meios é clara, garantindo a complementaridade da construção do conhecimento promovida pelas aulas e pelos livros didáticos. (ARG 1) // O apoio didático representado pelo uso de jornais e revistas aproxima os alunos do mundo que os cerca.  (ARG 2). (Ana Regina Bastos - Revista Eletrônica UERG. Mundo vestibular. In: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4879/1/Como-se-preparar-para-o-vestibular-utilizando-jornais-e-revistas/Paacutegina1.html)

2) Leia o texto.
                                     A velocidade do cérebro
               
                 Quando uma pessoa queima o dedo, a dor é um sinal que o tato envia ao cérebro. Este, por sua vez, transmite outro sinal aos músculos, que reagem afastando a mão do fogo. A velocidade de circulação dessas mensagens surpreende: elas viajam a 385 km/h, mais rápido que um carro de Fórmula 1.
Coquetel  Grande Titã, nº 180.

A tese defendida no texto é:
a) que devemos ter cuidado, pois o fogo queima.
b) é surpreendente a velocidade com que o sinal de dor chega ao cérebro.
c) as pessoas se queimam sempre que mexem com fogo.
d) um carro de Formula 1 corre menos que um sinal emitido pelo cérebro.
Gabarito B

Que argumento apresentado abaixo contribui para a sustentação da tese?
a) A dor que sentimos é maior que a velocidade de um carro de Fórmula 1.
b) A descrição da dor que a pessoa sente e a velocidade do sinal.
c) A descrição de como o sinal é enviado e os dados da velocidade.
d) A velocidade da dor é de 385 km/h.
Gabarito D

Das relações abaixo qual se relaciona com o título do texto e a identificação da tese?
a) O leitor ler o texto sem inferir o que estar no título, pois este não contribui para sua leitura.
b) O título do texto não tem nada a ver com o resumo da tese.
c) O título do texto diz uma coisa e o autor diz outra e ambas não respondem o que irá acontecer na história.
d) O título do texto é um resumo da tese, orienta para a identificação da tese.
Gabarito D
QUESTÕES
1) Leia o texto abaixo
                          O teatro da etiqueta
 No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne  e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de 5 10 Unidade 4 Língua Portuguesa 56 15 Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual  só na hora de lidar com os poderosos.
                                            Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.

Nesse texto, o autor defende a tese de que
A) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
B) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
C) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
D) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
E) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
Gabarito A

2) Leia o texto a seguir.
O ouro da biotecnologia

Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica  ou o que restou dela  são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista ("Abençoado por Deus e bonito por natureza) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato  e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros  que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
(Daniel Piza. O Estado de S. Paulo.)

 O texto defende a tese de que
A) a Amazônia é fonte potencial de riquezas.
B) as plantas e os animais são levados ilegalmente.
C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais.
D) os bens naturais são citados na escola.
Gabarito C
3) Leia o texto abaixo
Vínculos, As Equações da Matemática da Vida
5
Quando você forma um vínculo com alguém, forma  uma aliança. Não é à toa que o uso de alianças é um dos  símbolos mais antigos e universais do casamento. O círculo dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade.  Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se

10
mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a  ideia de mutualidade, de troca.  Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas,  em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos distanciamos.  Desvios sempre existem. Podemos nos perder em


15
um deles e nos reencontrar logo adiante. A busca é permanente.  O que não se pode é ficar constantemente fora  de sintonia.  Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se  completar através do outro, buscando sua metade no

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mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1.  "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a  metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a  sorte grande era achar a sua cara-metade.  Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo

25
um sentido de individualização maior e a equação  mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.  "Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as  minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou  formar uma unidade com meu companheiro, que também

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é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres inteiros  se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados  num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se  mutuamente.  Com a revolução sexual e os movimentos de libertação

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feminina, o processo de individuação que vinha aconte-  cendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1  = 1 + 1.  Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus  problemas, cuidar da minha própria vida. Você deve fazer

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o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência  absoluta, caso com você, que também é assim." Em  nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia,  cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do  casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.

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Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as  pessoas procurando outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.  Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido  do ponto de vista emocional e existencial. Existem  você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente

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de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta  de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu  e o que é nosso é nosso.  Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos,  a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo

55
afetivo. Tenho que preservar o meu eu, meu processo de  descoberta, realização e crescimento, sem destruir a relação.  Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem  destruir a individualidade, sem me anular.  Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000

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um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual  e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco  mais inteiros e felizes.  Para isso, temos que compartilhar com nossos companheiros  de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser


próximo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição  e confiança.

MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21
No texto, no casamento, atualmente, defende-se a ideia de que  A) a felicidade está na somatória do casal.  B) a unidade é igual à soma das partes.  C) o ideal é preservar o "eu" e o vínculo afetivo.  D) o melhor é cada um cuidar de sua própria vida.
Gabarito C

4) Leia o texto abaixo:
Há uma geração sem palavras A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os músculos cerebrais, porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, produzem satisfações infinitamente superiores.
Fonte: Marili Ribeiro  Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6. 28.
 No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:
a) A malhação física traz ótimos benefícios aos jovens.
b) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.
c) O poeta José Paulo Paes pertence a uma geração sem palavras.
d) Malhar é uma atividade superior às atividades cerebrais.
Gabarito B

D-23 : Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
Que habilidade pretendemos avaliar?
Entre os recursos referidos acima, estão os sinais de pontuação. Além de estarem vinculados intimamente à coerência do texto, esses sinais podem acumular outras funções discursivas, como aquelas ligadas à ênfase, à reformulação ou à justificação de certos segmentos. Nessa perspectiva, a pontuação tem de ser vista muito mais além; isto é, não são simples sinais para separar ou marcar segmentos da superfície do texto.
Um item relativo a essa habilidade deve, portanto, conceder primazia aos efeitos discursivos produzidos por notações como itálico, negrito, caixa alta etc. e pelo uso dos sinais; muito mais, portanto, do que simplesmente a identificação de suas funções na sintaxe da frase.
Com este item, pretendemos avaliar a habilidade de o aluno identificar o efeito provocado no texto pelo uso das aspas, que colabora para a construção do seu sentido global, não se restringindo ao seu aspecto puramente gramatical.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Ao longo do processo de leitura, podemos oferecer aos nossos alunos o contato com gêneros textuais que utilizam largamente recursos, como propagandas, reportagens, quadrinhos, entre outros, orientando-os a perceber e analisar os efeitos de sentido dos sinais de pontuação (travessão, interrogação, exclamação, reticências etc.) e das notações (itálico, negrito, caixa alta, entre outros) como elementos significativos para construção de sentidos.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D23)
1) Observe o texto escrito no quadro. Quem o escreveu não teve tempo de pontuá-lo. Leia-o.
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho não do conto Branca de Neve e os sete anões de jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira.

Agora reescreva o texto de forma que o leitor faça a leitura do conto
a) Chapeuzinho Vermelho
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho, não do conto Branca de Neve e os sete anões. De jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira!

b) Branca de Neve e os sete anões
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho? Não! Do conto Branca de Neve e os sete anões. De jeito nenhum farei a leitura da A gata borralheira.

c) A gata borralheira
Eu farei a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho? Não! Do conto Branca de Neve e os sete anões? De jeito nenhum! Farei a leitura da A gata borralheira!

2) Sem mudar as palavras de lugar, ou seja, na mesma sequencia, encontramos vários sentidos para o texto a seguir, pontuando-o de diferentes formas.
Meu tênis desapareceu não está no armário
Pontue de acordo com o significado solicitado.
a) afirmação e constatação
-Meu tênis desapareceu. Não está no armário!

b) diálogo onde as duas pessoas encontram-se em dúvida.

-Meu tênis desapareceu?
-Não, está no armário?


c) nega o sumiço do tênis e sabe onde ele se encontra.

-Meu tênis desapareceu não,  está no armário.


d) dúvida de quem pergunta e certeza de quem responde.

-Meu tênis desapareceu?
-Não, está no armário!


e) quem perdeu o tênis está pensando nos possíveis lugares onde ele pode estar.

Meu tênis desapareceu... Não está no armário...

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D23)
1) Leia o texto.
                                       A culpa é do dono?
A reportagem Eles estão soltos (17 de janeiro), sobre os cães da raça pit bull que passeiam livremente pelas praias cariocas, deixou leitores indignados com a Unidade 4 Língua Portuguesa 66 defesa que seus criadores fazem de seus animais. Um deles dizia que os cães só se tornam agressivos quando algum movimento os assusta. Sandro Megale Pizzo, de São Carlos, retruca que é difícil saber quais de nossos movimentos assustariam um pit bull. De Siegen, na Alemanha, a leitora Regina Castro Schaefer diz que pergunta a si mesma que tipo de gente pode ter como animal de estimação um cachorro que é capaz de matar e desfigurar pessoas.
Veja, Abril. 28/2/2001.
O que sugere o uso de aspas na palavra assustariam?
(A) raiva.
(B) ironia.
(C) medo.
(D) insegurança.
(E) ignorância.
Gabarito B

2) Leia duas formas encontradas para pontuar um texto
1- Como? A rua está vazia?           2-Como a rua está vazia!
Em qual das opções a seguir, encontram-se, respectivamente, os sentidos dos textos acima?
A) constatação e dúvida
B) constatação e surpresa
C) dúvida e constatação
D) surpresa e constatação
Gabarito D

3) Leia o texto abaixo
Um Apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
 Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
 Deixe-me, senhora.
 Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
 Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
 Mas você é orgulhosa.
 Decerto que sou.
 Mas por quê?
 É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
 Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
 Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
 Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
 Também os batedores vão adiante do imperador.
 Você é imperador?
 Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou à costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana  para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
 Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio à noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
 Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
 Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
 Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
 (Machado de Assis. Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.)
No trecho Que a deixe? Que a deixe, por quê?, os pontos de interrogação têm efeito de
A) apresentar.
B) avisar.
C) desafiar.
D) questionar
Gabarito D

D-24: Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilístico e  morfossintáticos.

Que habilidade pretendemos avaliar?
As explicações dadas para o descritor anterior, em parte, podem valer para este. Ou seja, as escolhas que fazemos para a elaboração de um texto respondem a intenções discursivas específicas, sejam escolhas de palavras, sejam escolhas de estruturas morfológicas ou sintáticas. Assim, não é por acaso que, em certos textos, o autor opta por períodos mais curtos  para dar um efeito de velocidade, por exemplo; ou opta por inversões de segmentos  para surtir certos efeitos de estranhamento, de impacto, de encantamento, afinal (tinha uma pedra no meio do caminho; no meio do caminho tinha uma pedra). Ou seja, mais do que identificar a estrutura sintática apresentada, vale discernir sobre o efeito discursivo provocado no leitor.
Um item relativo a essa habilidade deve, pois, conceder primazia aos efeitos discursivos produzidos pela escolha de determinada estrutura morfológica ou sintática. Incide, portanto, sobre os motivos de uma escolha para alcançar certos efeitos.
Com este item, pretende-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o efeito de sentido decorrente das variações relativas aos padrões gramaticais da língua. No texto a seguir, exploramos, como recurso expressivo, a repetição lexical (verbo querer).

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
As atividades de leitura e de análise linguística possibilitam ao aluno investigar diferentes funções textuais produzidas por um único recurso expressivo e os diferentes efeitos de sentido que podem daí derivar. Temos, muitas vezes, a ideia equivocada de que a repetição de palavras e expressões é um recurso típico de textos produzidos na modalidade oral, que indica falta de maestria no uso da linguagem. O recurso da repetição é, entretanto, estratégia que pode promover múltiplos e vários efeitos (por exemplo, topicalização, sequenciação textual, entre outros).

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D24)
1)  Disponibilize cópias  da crônica Os Diferentes Estilos, de Paulo Mendes Campos (publicada em Crônicas 4, Ed. Ática). Leia a crônica de Paulo Mendes Campos para a turma. O objetivo é destacar a variedade de estilos que podem ser empregados para narrar o mesmo fato. Aproveite o momento e explique que a palavra estilo é originária do latim stilu, a ponta de metal usada na Antiguidade para escrever na madeira. Ressalte que o termo deu origem a estilete e está associado a algo que deixa uma marca. Peça que os alunos identifiquem o que marca cada um dos estilos representados no texto - um recurso de pontuação específico ou a repetição de palavras- morfema, por exemplo - e discuta com eles o que é transmitido ao leitor.

OS DIFERENTES ESTILOS

Parodiando Raymond Queneau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.  Estilo interjetivo
Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!
 Estilo colorido
Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este o destino foi negro.
 Estilo antimunicipalista (ou estilo Rigoniano)
Quando mais um dia de sofrimentos e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas, esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores falta água há vários meses, sem falar nas freqüentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por baixo do pano, a ignominosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele foco de epidemias. Até quando?
 Estilo reacionário (ou estilo Edsonlimesco)
Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram nesta manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já sabe não bastasse para enfeiar aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a honra de residir no Rio.
 Estilo então
Então o vigia de uma construção em Ipanema, não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providencias necessárias. Aí então eu resolvi te contar isso.  Estilo áulico
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu imediatamente que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à familia enlutada. Como lhe informassem que a vitima ainda não fora identificada, S. Ex., com o seu estimulante bom humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.
 Estilo schmidtiano
Coisa terrivel é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele não estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este rio um pouco profundo caluniado de morte.
 Estilo Complexo de Édipo
Onde estará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?

Estilo preciosista
No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua da Estrela-d´Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.

Estilo Nelson Rodrigues
Usava gravata cor de bolinhas azuis e morreu!
 Estilo sem jeito
Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de Rui e o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimentos são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste. Ah, se eu soubesse escrever.
 Estilo fofoca
Imagina você, Tutsi, que onte eu fui ao Sacha´s, legalíssimo, e dormi de tarde. Com o tony. Pois logo hoje, minha filha, que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como a Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que eu queria te contar? Ah, menina, quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror a gente morta!
 Estilo lúdico ou infantil
Na madrugada de hoje por cima, o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A vitima por baixo nao trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.
 Estilo concretista
Dead dead man man mexe mexe mexe Mensch Mensch MENSCHEIT
 Estilo didático
Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teológico. Policial:o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo; teológico: o homem em Deus. Policia e homem: fenômeno; alma e Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.

Paulo Mendes Campos. Disponível em http://tecopoetasonhador.blogspot.com.br/2011/11/os-diferentes-estilos-paulo-mendes.html. Acesso em 20-03-2015.

Analise o texto de Paulo Mendes Campos que tem diferentes estilos de escrever através dos seguintes aspectos:
1 - O vocabulário, com o objetivo de mostrar que o que está traduzido na escolha das palavras vai além do significado da própria palavra.
Sugestão
1ª questão: Nessa questão nosso objetivo é trabalhar com a significação das palavras. Acreditamos que várias delas sejam estranhas para a classe, mas nesse nível de escolaridade as crianças já têm uma capacidade bastante desenvolvida de deduzir pelo contexto o significado de uma palavra. É contando com isso que esperamos que respondam. Depois que as equipes tiverem respondido à questão, peça que um representante de cada equipe leia a resposta do grupo, para que eles confrontem as soluções e analisem se o significado sugerido cabe naquele contexto. Se houver dúvida, peça que consultem o dicionário. Eliminada a dificuldade de vocabulário, o professor lê o texto em voz alta e abre a discussão para a classe.

2 - As informações que são efetivamente dadas no texto e aquelas criadas pelo narrador. Com que intenção o narrador teria criado informações?
Sugestão
No 1º parágrafo o narrador nos dá os fatos fundamentais, sobre os quais versarão os diferentes estilos. Destacamos esses dados para depois podermos confrontar o que é criação do estilo e o que é desvio de interpretação na hora de contar o fato. As perguntas feitas são objetivas, mas a maioria sem resposta pelo texto inicial. a) O homem morto tinha 40 anos. b) Não é possível saber pelo texto se o homem é rico ou pobre. c) Não existir sinais de morte violenta não indica a causa da morte. Ajude as crianças a levantar várias causas possíveis, como por exemplo: teve um enfarte, tomou veneno, etc. Esse exercício de levantamento de possibilidades é importante para que aprendam a pensar de forma organizada. d) Pelos dados do texto, é impossível saber quem era aquele homem. Qualquer escolha é tendenciosa. e) Não é possível ter certeza de onde ele morreu. Como o corpo foi encontrado nas margens da lagoa, é provável que tenha sido lá que o homem morreu, mas não necessariamente. Ele poderia ter sido morto em outro lugar e ter sido deixado naquele lugar.
3 - O que produz no leitor a presença ou ausência de informações, a ênfase dada em um ou outro aspecto da notícia?
Sugestão
Em cada estilo, ao contar o fato, o narrador revela uma preocupação com coisas diferentes. O professor nesse momento pode ajudá-los a perceber o quanto cada forma de contar vai transformar a visão que se tem do fato narrado. a) No estilo interjetivo a preocupação do narrador é alardear o fato. Não há um olhar centrado em algo especial. b) No estilo colorido a dureza do fato se perde, fica tudo leve, quase romântico. c) No estilo antimunicipalista o narrador não está preocupado com o morto, só está preocupado em criticar o governo. d) No estilo reacionário o narrador está preocupado com os americanos, com a aparência do lugar. e) No estilo então o fato fica corriqueiro, não há uma preocupação especial com nenhum aspecto. f) No estilo preciosista a maior preocupação do narrador é com as palavras. g) No estilo fofoca a narradora só está preocupada consigo mesma. h) No estilo didático a preocupação parece ser a análise do fato. Não há preocupação especial com nenhum aspecto, sobretudo com o morto.
4 - De que perspectiva cada narrador olha para o fato? O que isso revela do próprio narrador?
Sugestão
 Essa questão complementa a anterior. As diferentes preocupações dos narradores nos diferentes estilos nos fazem sentir emoções diferentes em relação ao morto e ao fato narrado. Vejamos quais são algumas dessas emoções. Evidentemente escreveremos aqui a nossa leitura, apenas como sugestão e não como modelo a ser seguido. É possível que as crianças observem a questão por ângulos diferentes, chegando a outras conclusões. Aconselhamos o professor a ouvi-las atentamente e a pedir que justifiquem suas respostas. Caso haja coerência, aceite. a) No estilo interjetivo, o leitor fica comovido, com pena do morto. b) No estilo reacionário, o leitor sente que o morto atrapalha a cidade. c) Nos estilos antimunicipalista, preciosista, fofoca e didático, o leitor sente que o narrador está pouco se importando com o morto. d) Nos estilos fofoca e didático, o narrador está preocupado consigo mesmo e não com o morto.
5 - No estilo reacionário, a escolha de palavras ditas pelo narrador para falar do morto podem influenciar o leitor a ter que tipo de concepção sobre o morto?
Sugestão
a) No estilo reacionário o narrador acrescenta uma série de informações: cadáver de um vagabundo, escolher para morrer (de bêbedo). Essas informações foram investigadas na 2ª questão em relação ao fato básico, e eles verificaram que não é possível saber se o homem era rico ou pobre, trabalhador, bandido, vagabundo... nem como morreu. Portanto, são acréscimos intencionais do narrador. b) O que gostaríamos que os alunos percebessem é que essas informações acrescentadas pelo narrador no estilo reacionário são julgamentos que denigrem a imagem do morto, colocando o leitor contra ele. Isto é, antes de mais nada, uma forte posição ideológica. Nossa intenção de que percebam isso é para que, ao escreverem, estejam atentos à importância da seleção das informações que fornecerão ao leitor. A presença ou ausência de informações transforma a imagem que se forma do fato narrado e que se cria do personagem.
6-Que tipo de imagem se tem de quem conta o fato? O estilo nos permite tal visão ?
Sugestão
 Cada estilo nos remete a uma imagem diferente de quem conta o fato. Como se a cada estilo correspondesse um personagem que tem voz, jeito, veste-se e comporta-se de maneira particular. Construir esses personagens a partir das marcas do texto e das imagens já internalizadas dos diferentes tipos é uma deliciosa tarefa a ser realizada pelas crianças. Com esse trabalho começamos a prepará-las para uma leitura mais cuidadosa dos textos do mundo. Aconselhamos o professor a conversar com as crianças. Peça que se vistam a caráter e treinem o jeito de andar, de gesticular, de falar do personagem que imaginaram para cada estilo. A partir dessa representação, é importante conversar sobre a importância de se pensar nas características dadas aos personagens quando se escreve. Todas elas traduzem muitas outras coisas, revelando muitas perspectivas novas do sujeito que fala.


2) Uma das inúmeras maneiras de trabalhar um texto é escrevê-lo  em vários estilos. Reescreva a notícia abaixo de várias maneiras, em vários estilos. Sugerimos: estilo sabe, estilo futebolístico, estilo materno, estilo ó cara, estilo coisa e tal, estilo meu caríssimos irmãos, estilo colorido, estilo telegrama, estilo brasileiro e brasileira, estilo watts apps, estilo facebook, etc.

Recife- O padre norte-americano Lawrence Rosebaugh foi detido por soldados de uma radiopatrulha, na sexta feira à noite, quando tentava impedir que dois policiais espancassem, com socos, pontapés e um cano de boracha, o menor de 11 anos, Edésio da Silva. O menino, acusado de assalto, se encontrava com cerca de 40 pessoas, se preparando para dormir no armazém 188 do porto.
Jornal do Brasil, 29 abr. 1980.

A) Se preferir trabalhe em grupo: cada grupo escolhe um estilo, escreve e depois lê em voz alta para os outros grupos.

B) Após os comentários, passe o texto a limpo e troque com os colegas, ou monte um livro de estilos. Boa produção!

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D24)
1) Leia o texto abaixo.

NEVES, Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965.

A disposição das últimas palavras desse texto sugere
A) dor.
B) giro.
C) queda.
D) volta.
E) vida
Gabarito C


2) Leia o texto abaixo

ANTICONCEPCIONAL MASCULINO

Estudo publicado na revista Nature explica que o espermatozoide humano pode sentir a progesterona, o hormônio feminino liberado pelas células que circundam o óvulo, detectando o gameta feminino. Portanto, a interrupção desse canal de comunicação entre espermatozoide e óvulo poderia ser a chave para um anticoncepcional masculino  pelo menos teoricamente.
  Planeta maio, 2011, p.9.
Nesse texto, em relação ao anticoncepcional masculino, a utilização da forma verbal poderia, em poderia ser a chave tem a intenção de
A) antecipar o resultado do estudo. X
B) definir rumos para pesquisas.
C) duvidar do alcance do estudo.
D) incentivar a publicação de estudos.
E) incentivar o surgimento de teorias.
Gabarito E

3) Leia o texto abaixo
Você não entende nada
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz coca-cola
Eu tomo
Você bota a mesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Não tá entendendo quase nada do que eu digo
 Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu me sento
Eu fumo
Eu como
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suíta
Eu tomo Bota a sobremesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Tem que saber que eu quero é correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo.
(VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. 1998)

A repetição da expressão eu quero, em diversos versos, tem por objetivo
A) fazer associações de sentido.
B) refutar argumentos anteriores.
C) detalhar sonhos e pretensões.
D) apresentar explicações novas.
E) reforçar a expressão dos desejos.
Gabarito E
4) Leia o texto abaixo.

Magia das Árvores
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 Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais  pura magia. Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e  generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra.  É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob  a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas.

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Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão  penetrando no solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos  mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água. Não erram  nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse  por que as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me

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disse que as outras árvores que já acharam água ajudam as que ainda  estão procurando.   E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?   As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade,  nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se


disso.

Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992.
No trecho "Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso" (l. 15-16), as frases curtas produzem o efeito de  A) continuidade.  B) dúvida.  C) ênfase.  D) hesitação.
E) negação
Gabarito C

5) Leia esta tira abaixo.

No discurso entre Hagar e seu amigo, o autor da tirinha usou um recurso linguístico que é típico desse gênero textual. A partir do segundo quadrinho, conclui-se que tal recurso foi

A) intertextualidade.
B) ambiguidade.
C) interdiscursividade.
D) ironia.
E) metáfora.
Gabarito B
D-26: Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e ou  o interlocutor.

Que habilidade pretendemos avaliar?
As variações linguísticas, evidentemente, manifestam-se por formas, marcas, estruturas que revelam características (regionais ou sociais) do locutor e, por vezes, do interlocutor a quem o texto se destina. Essas variações são, portanto, resultado do empenho dos interlocutores para se ajustarem às condições de produção e de circulação do discurso.
Um item relacionado a essa habilidade deve, portanto, centrar-se no reconhecimento das variações (gramaticais ou lexicais) que, mais especificamente, revelam as características dos locutores e dos interlocutores.
Essa habilidade vai exigir do aluno a habilidade em identificar as variações linguísticas resultantes da influência de diversos fatores, como o grupo social a que o falante pertence, o lugar e a época em que ele nasceu e vive, bem como verificar quem fala no texto e a quem este se destina, reconhecendo as marcas linguísticas expressas por meio de registros usados, vocabulário empregado, uso de gírias ou expressões ou níveis de linguagem.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
O professor deve trabalhar com textos que contenham muitas variantes linguísticas, privilegiando expressões informais, expressões regionais, expressões características de certa faixa etária ou de uma época etc. O trabalho com variação linguística é essencial para o desenvolvimento de uma postura não preconceituosa dos alunos em relação a usos linguísticos distintos dos seus. É importante que o professor mostre aos seus alunos as razões dos diferentes usos linguísticos por diferentes grupos de falantes, para que eles adquiram a noção do valor social atribuído a essas variações. Podemos, também, trabalhar a variação linguística em gravações de áudio e vídeo de textos orais (por exemplo, programas de televisão), dramatização de textos de vários gêneros e em atividades com músicas de estilos variados (regionais, sertanejas, entre outras).
Atividades de análise linguística a partir das quais os alunos possam refletir sobre a interferência dos fatores variados, que se manifestam tanto na modalidade oral como na escrita, favorecem o desenvolvimento desta habilidade. Os fatores que intervêm no uso da língua e provocam tal variação são de ordem geográfica (em função das regiões do país e de seus espaços rurais e urbanos), histórica (o que envolve a época histórica de sua produção), sociológica (tais como classe social ou gênero sexual), do contexto social, entre outros.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D26)
1) Propor a construção de uma lista itinerante
Atividade coletiva. Cada um vai receber uma página com a tabela abaixo e escrever o nome no lugar indicado. Ao sinal do professor  começar a preenchê-la. Diante de um novo sinal, trocar a folha com o colega que está atrás de você. Ela deverá continuar a lista. Assim a atividade será finalizada quando a página chegar novamente ao estudante que a iniciou.

Gírias de antigamente, que praticamente não são mais usadas atualmente
Palavras e expressões típicas de algumas regiões do Brasil
Palavras e expressões tipicamente usadas por vocês

























2) Posposta:
Leia o livro Preconceito linguístico
Divida em grupos os estudantes da sala. Cada grupo ficará com um capítulo. Após a leitura, peça que cada grupo apresente suas reflexões e conclusões sobre variação linguística.
QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D26)
1) Leia o texto a seguir
O dia em que tudo deu errado
 [...]
Eles me olharam, surpresos e curiosos. Continuei:
- Minha avó sempre dizia que aprendemos mais com nossos erros do que com nossos acertos. Ela falava que quanto mais uma pedra se desgasta pela ação do tempo, mais longe ela vai ricochetear. Vamos à lanchonete para nossa primeira festa do dia em que deu tudo errado.
Essa foi a primeira de muitas outras festas por coisas que deixaram de dar certo. Procurávamos o que podíamos comemorar em meio a tragédias, em vez de nos angustiarmos pelo que tínhamos sofrido.
 Espero ter plantado nas almas de meus filhos as sementes reunidas pela sabedoria das mulheres que me antecederam. E que essas sementes se espalhem nos seus próprios jardins um dia.
 [...]
CANFIELD. Jack. Histórias para aquecer o coração das mães. GMT: São Paulo.2007.
Este texto foi escrito por
A)um menino
B)um pai
C)uma menina
D)uma mulher
Gabarito D

2) O trecho que comprova a resposta acima é
A) Minha avó sempre dizia que aprendemos mais com nossos erros
B) Essa foi a primeira de muitas outras festas por coisas que deixaram de dar certo.
C) Espero ter plantado nas almas de meus filhos as sementes reunidas pela sabedoria das mulheres que me antecederam.
D) Procurávamos o que podíamos comemorar em meio a tragédias, em vez de nos angustiarmos
E) Eles me olharam, surpresos e curiosos
Gabarito C

3) Leia o texto abaixo

13 de Dezembro
Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O motorista me lembrou: Hoje é 13 de dezembro, Dia de Santa Luzia. A igreja dela está cheia, ela protege os olhos da gente.
Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma coisa a ver comigo e nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que seria?
Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, que tivesse marcado um relacionamento para o bom ou para o pior?
Não lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava dentro de mim. E as horas se passaram iluminadas pelo intermitente piscar da luzinha vermelha dentro de mim. 13 de dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes da memória, vivo em parte dela e não posso ter brancos assim, um dia importante e não me lembro por quê.
Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o livro que estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez a cena noturna: eu chegando no prédio em que morava, no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da garagem, o homem que se aproximou e me avisou que o comandante do 1º Exército  queria falar comigo.
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar com o general Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar comigo.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já entrava dentro do meu carro, com uma pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o governo baixara o AI-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu amor me chamara e eu não vira a banda passar.
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar com o comandante do 1º Exército. O País talvez tenha melhorado, mas eu certamente piorei.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001.
A fala do motorista (ℓ. 2) é exemplo de linguagem
A) culta.
B) coloquial.
C) vulgar.
D) técnica.
E) regional.
Gabarito B

4) Leia o texto abaixo.
“Tem gente que nasce com coração maior ou menor, com vários defeitos. Essas são as cardiopatias congênitas, né, o coração pode nascer com inúmeros defeitos. Agora, o tamanho do coração também tem a ver com outros problemas que não são congênitos, como a insuficiência coronariana.
 www.acd.ufrj.br
Nesse texto, a fala representada revela um vocabulário muito comum no dia-a-dia de um
A) advogado.
B) economista.
C) mecânico.
D) médico.
Gabartito  D
5) Leia o texto abaixo
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa,desapontada, murmurou consigo: Deixa estar, seu malandro, que já te curo! E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
 Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães.
Fica para outra vez a festa, sim?
 Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza,  esperteza e meia.
Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1972.
O texto é narrado por quem?
a) Pelo galo.
b) Pela raposa.
c) Pela raposa e o galo.
d) Pelo narrador.
Gabarito  D

6) Retire do texto trechos que comprovam sua resposta anterior.
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Gabarito
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo...
“E rapou-se. Com esperteza,  esperteza e meia.


D-17 : Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto,  marcadas por locuções adverbiais ou advérbios.

Que habilidade pretendemos avaliar?
Em todo texto de maior extensão, aparecem expressões conectoras  sejam conjunções, preposições, advérbios e respectivas locuções  que criam e sinalizam relações semânticas de diferentes naturezas. Entre as mais comuns, podemos citar as relações de causalidade, de comparação, de concessão, de tempo, de condição, de adição, de oposição etc. Reconhecer o tipo de relação semântica estabelecida por esses elementos de conexão é uma habilidade fundamental para a apreensão da coerência do texto.
Um item voltado para o reconhecimento de tais relações deve focalizar as expressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções, preposições ou locuções adverbiais.
Com este item, pretendemos avaliar a habilidade do aluno em perceber a coerência textual, partindo da identificação dos recursos coesivos e de sua função textual. No texto a seguir, enfatizamos a relação lógico-discursiva das conjunções.
Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Para desenvolver essa habilidade, o professor pode se valer de textos de gêneros variados para trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando aos alunos a importância de reconhecer que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto. Os textos argumentativos, os textos informativos, como, por exemplo, as notícias de jornais, são excelentes para trabalhar essa habilidade.
PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D17)
1) Leia o texto  de uma campanha para a Semana Nacional de Trânsito 2011.

In: http://campanhasdetransito.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html. Acesso em 17 03 2015.
Agora, pensando na ideia divulgada por esta peça da campanha, complete as frases abaixo e posteriormente explica: as relações lógico-discursivas entre partes.
Devemos respeitar a placa pare PORQUE...
Devemos respeitar a placa pare E...
Devemos respeitar a placa pare POIS...
Devemos respeitar a placa pare EMBORA...
Devemos respeitar a placa pare QUANDO...
Devemos respeitar a placa pare TANTO QUANTO...
2) Leia a entrevista abaixo.
Especialmente para revista Bichos, o repórter Bios viajou até Komodo, na Indionésia, e entrevistou uma personagem ilustre dessa ilha: o Dragão de Komodo. Faminto e arredio, o lagarto não quis entender o assunto e respondeu a cada uma das perguntas com apenas uma palavra. Diante da ultima resposta,  Bios achou mais prudente encerrar a conversa.

Bios: Você se alimenta de mamíferos?
Dragão: Certamente.
Bios: É verdade que as fêmeas da sua espécie abandonam os ovos após colocá-los nos ninhos?
Dragão: Imediatamente.
Bios: Seus dentes possuem bactérias letais. Se uma presa escapar de um atawue seu, ainda assim morrerá por infecção?
Dragão: Possivelmente.
Bios: Como você ataca as vitimas maiores que você?
Dragão: Sorrateiramente.
Bios: Você não ente medo?
Dragão: Absolutamente.
Bios: Seu faro é bom?
Dragão: Suficiente.
Bios: Os dragões machos mostram sua língua às fêmeas, para saber se elas o aceitam. É isso mesmo?
Dragão: Sempre
Bios: Dizem que os adultos da sua espécie podem atacar e devorar os dragões mais jovens...
Dragão: Realmente.
Bios: Os dragões de Komodo são capazes de se sustentar com apenas doze refeições por ano. Você está com fome agora?
Dragão: Demais.

Pilar Espi e Patrícia Ester. Prova Brasil e SAEB. Estratégias para desenvolver as capacidades avaliadas. Editora FAPI. Março, 2014.

No quadro abaixo, de acordo com o sentido que cada resposta expressa, faça o preenchimento correto.
Ideia de...
Advérbios

Tempo


Intensidade


Afirmação


Dúvida


Modo


Negação


Gabarito
Ideia de...
Advérbios

Tempo
Imediatamente, sempre

Intensidade
Suficiente, demais

Afirmação
Realmente, certamente

Dúvida
Possivelmente

Modo
Sorrateiramente

Negação
Absolutamente


2.1) Agora você será o entrevistador. Usando as mesmas respostas do dragão, crie perguntas como se você estivesse entrevistando o prefeito da sua cidade.
Pergunta:_________________________________________________
Resposta: Certamente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Imediatamente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Sorrateiramente.
Pergunta: _________________________________________________
Resposta: Demais.
Respostas pessoais que podem ser socializadas na turma.
QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D17)
1) Leia o texto
                           Poluição do solo
É na camada mais externa da superfície terrestre, chamada solo, que se desenvolvem os vegetais. Quando o solo é contaminado, tanto os cursos subterrâneos de água como as plantas podem ser envenenadas.
Os principais poluentes do solo são os produtos químicos usados na agricultura. Eles servem para destruir pragas e ervas daninhas, mas também causam sérios estragos ambientais.
O lixo produzido pelas fábricas e residências também pode poluir o solo. Baterias e pilhas jogadas no lixo, por exemplo, liberam líquidos tóxicos e corrosivos. Nos aterros, onde o lixo das cidades é despejado, a decomposição da matéria orgânica gera um líquido escuro e de mau cheiro chamado chorume, que penetra no solo e contamina mesmo os cursos de água que passam bem abaixo da superfície.
{...}
Almanaque Recreio. São Paulo: Abril. Almanaques CDD_056-9. 2003.
No trecho É na camada mais externa da superfície terrestre” (ℓ.1), a expressão sublinhada indica
A) causa.
B) finalidade.
C) lugar.
D) tempo.
E)intensidade
Gabarito C
2) Leia o texto abaixo
Câncer
As novas frentes de ataque
A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz sem efeito colateral.
A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20, mas deve-se admitir que houve também muitas esperanças de cura não concretizadas. Após sucessivas promessas de terapias revolucionárias, o século 21 começou com a notícia de uma droga comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em maio deste ano, na cidade de San Francisco, no EUA, em uma reunião com a presença de cerca de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer em diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas inteligentes: impedir a formação de tumores. Com essas drogas, será possível combater a doença sem debilitar o organismo, como ocorre na radioterapia e na quimioterapia convencional. O próximo passo é assegurar que as células cancerosas não se tornem resistentes à medicação. São, portanto, várias frentes de ataque. Além das mais de 400 drogas em testes, aposta-se no que já vinha dando certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.
Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.
O conectivo “portanto”, (ℓ. 13), estabelece com as ideias que o antecedem uma relação de
A) adversidade.
B) conclusão.
C) causa.
D) comparação.
E) finalidade.
Gabarito B

3) No trecho A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20... (l.01), a locução sublinhada  expressa uma relação lógico-discursiva de
A) tempo
B) lugar
C) causa
D) finalidade
E) comparação
Gabarito A


D-27: Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?
Se um texto é uma rede de relações, um tecido em que diferentes fios se articulam, nem todos os fios têm a mesma importância para o seu entendimento global. Tudo não pode ser percebido, portanto, como tendo igual relevância. Ou seja, há uma espécie de hierarquia entre as informações ou ideias apresentadas, de modo que umas convergem para o núcleo principal do texto, enquanto outras são apenas informações adicionais, acessórias, que apenas ilustram ou exemplificam o que está sendo dito. Perceber essa hierarquia das informações, das ideias, dos argumentos presentes em um texto constitui uma habilidade fundamental para a constituição de um leitor crítico e maduro.
Um item voltado para a avaliação dessa habilidade deve levar o aluno a distinguir, entre uma série de segmentos, aqueles que constituem elementos principais ou secundários do texto. É comum, entre os alunos, confundir partes secundárias do texto com a parte principal. A construção dessa competência é muito importante para desenvolver a habilidade de resumir textos.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?
Essa habilidade é característica, principalmente, de textos informativos e argumentativos. Dada a importância dessa habilidade para a compreensão das partes constitutivas do texto, sugere-se ao professor que, além de levar os alunos a se familiarizarem com esses textos, trabalhe efetivamente o desenvolvimento dessa habilidade por meio de outras práticas, tais como a elaboração de resumos, de esquemas, de quadros sinóticos etc.

PROPOSTAS DE 2 ATIVIDADES SOBRE O DESCRITOR (D27)
1) Leia o texto e escreva qual é o assunto-tema principal de cada parágrafo do texto
A Outra História do Descobrimento do Brasil

Parece absurdo, mas é isso o que aprendemos na escola: os portugueses descobriram o Brasil, onde já viviam os índios. Ficamos tão acostumados a pensar assim, que não nos perguntamos como isso é possível. Os historiadores também não costumavam fazer essa pergunta. Sabiam que os índios viviam aqui antes da chegada de Cabral, mas falavam do descobrimento como se o Brasil fosse uma terra virgem. Será possível que um lugar já habitado possa ser virgem, isto é, intocado?


Bem, só se ele não for habitado por pessoas. Quando falamos em floresta virgem, por exemplo, não estamos dizendo que ela não é habitada por animais, mas, sim, que ela não foi alterada pelo homem. Quando afirmamos que "essas terras virgens foram descobertas por Cabral", estamos tratando seus habitantes originais, os índios, como se eles não fossem pessoas, mas, sim, parte da paisagem natural.


A palavra 'descobrimento', portanto, está no lugar de outro termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a ser o território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses aos povos indígenas.


Quando os europeus chegaram à costa brasileira, encontraram diversos grupos indígenas, cujos costumes e línguas eram muito parecidos. No conjunto, esses grupos ficaram conhecidos como Tupi-Guarani, embora possamos distinguir dois grandes blocos: os Tupi, que dominavam o litoral desde o sul do estado de São Paulo até, pelo menos, o Ceará; e os Guarani, que viviam mais ao sul, na bacia dos rios Paraná-Paraguai e em nossa costa meridional.


Não se deve pensar, porém, que os Tupi e os Guarani formavam, cada qual, uma grande nação. Ao contrário, eles estavam divididos em diferentes grupos, geralmente inimigos entre si. E os europeus souberam bem se aproveitar das brigas internas dos Tupi-Guarani, unindo-se a alguns grupos para atacar outros. A aliança entre brancos e índios dava-se pela oferta de presentes (como machados de metal, facas, espelhos, tecidos trocados por farinha, caça, filhotes de animais e madeira), pela participação comum em atividades de guerra e pelo casamento de índias com brancos.


Muitas vezes, os conquistadores estimulavam a inimizade entre os índios para dominar o território com mais facilidade. Mesmo quando os Tupi conseguiam reunir um número considerável de aldeias para atacar áreas sob domínio português, tinham de enfrentar índios fiéis aos colonizadores. Assim, embora fossem maioria, os índios acabaram sendo derrotados


Não foi só como parceiros na guerra e na troca que os europeus encontraram um lugar no mundo indígena. Talvez porque chegassem pelo mar, em grandes navios, trazendo objetos desconhecidos, como armas de fogo e ferramentas de metal, os Tupi associaram os europeus a seus grandes pajés, que andavam de aldeia em aldeia, curando, profetizando e falando de uma terra de abundância. Esses pajés eram chamados pelos Tupi de Caraíba e os europeus ficaram conhecidos por esse nome. Até hoje, muitos grupos indígenas chamam os não-índios de Caraíba.


Os jesuítas - padres enviados ao Brasil com a missão de convencer os índios a se tornarem católicos - aproveitaram-se dessa associação do europeu com os grandes pajés nativos, para facilitar seu trabalho. O discurso e as práticas dos padres, como José de Anchieta, concorriam com os dos pajés. Muitos grupos indígenas foram convencidos a abrigar-se nos aldeamentos jesuítas sob a proteção espiritual dos missionários. Outros fugiram para o interior, para escapar tanto dos padres como dos soldados portugueses.


Esse medo tinha razão de existir. Alguns autores estimam que havia cerca de um milhão de índios na costa brasileira, em 1500. Um século depois, essa população havia praticamente desaparecido. A maior parte morreu nas guerras de conquista, por maus-tratos e pelas doenças trazidas pelos conquistadores.

FAUSTO, Carlos. Revista CHC. Edição 500-anos-de-história-para-contar. Rio de Janeiro: Departamento de Antropologia, Museu NacionalUFRJ, 12 maio 2000.
Gabarito
Questiona se o Brasil foi descoberto pelos portugueses.
Parece absurdo, mas é isso o que aprendemos na escola: os portugueses descobriram o Brasil, onde já viviam os índios. Ficamos tão acostumados a pensar assim, que não nos perguntamos como isso é possível. Os historiadores também não costumavam fazer essa pergunta. Sabiam que os índios viviam aqui antes da chegada de Cabral, mas falavam do descobrimento como se o Brasil fosse uma terra virgem. Será possível que um lugar já habitado possa ser virgem, isto é, intocado?

O Brasil não rea uma terra virgem, pois já era habitada pelos índios.
Bem, só se ele não for habitado por pessoas. Quando falamos em floresta virgem, por exemplo, não estamos dizendo que ela não é habitada por animais, mas, sim, que ela não foi alterada pelo homem. Quando afirmamos que "essas terras virgens foram descobertas por Cabral", estamos tratando seus habitantes originais, os índios, como se eles não fossem pessoas, mas, sim, parte da paisagem natural.

As terras brasileiras não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugeses.
A palavra 'descobrimento', portanto, está no lugar de outro termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a ser o território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses aos povos indígenas.

Os portugueses encontraram grupos indígenas com costumes e línguas parecidos.
Quando os europeus chegaram à costa brasileira, encontraram diversos grupos indígenas, cujos costumes e línguas eram muito parecidos. No conjunto, esses grupos ficaram conhecidos como Tupi-Guarani, embora possamos distinguir dois grandes blocos: os Tupi, que dominavam o litoral desde o sul do estado de São Paulo até, pelo menos, o Ceará; e os Guarani, que viviam mais ao sul, na bacia dos rios Paraná-Paraguai e em nossa costa meridional.

Muitos grupos indígenas eram inimigos.
Não se deve pensar, porém, que os Tupi e os Guarani formavam, cada qual, uma grande nação. Ao contrário, eles estavam divididos em diferentes grupos, geralmente inimigos entre si. E os europeus souberam bem se aproveitar das brigas internas dos Tupi-Guarani, unindo-se a alguns grupos para atacar outros. A aliança entre brancos e índios dava-se pela oferta de presentes (como machados de metal, facas, espelhos, tecidos trocados por farinha, caça, filhotes de animais e madeira), pela participação comum em atividades de guerra e pelo casamento de índias com brancos.

Os conquistadores  estimulavam a inimizade  entre os índios.
Muitas vezes, os conquistadores estimulavam a inimizade entre os índios para dominar o território com mais facilidade. Mesmo quando os Tupi conseguiam reunir um número considerável de aldeias para atacar áreas sob domínio português, tinham de enfrentar índios fiéis aos colonizadores. Assim, embora fossem maioria, os índios acabaram sendo derrotados

Os europeus, chamados de caraíbas, eram comparados aos pajés.
Não foi só como parceiros na guerra e na troca que os europeus encontraram um lugar no mundo indígena. Talvez porque chegassem pelo mar, em grandes navios, trazendo objetos desconhecidos, como armas de fogo e ferramentas de metal, os Tupi associaram os europeus a seus grandes pajés, que andavam de aldeia em aldeia, curando, profetizando e falando de uma terra de abundância. Esses pajés eram chamados pelos Tupi de Caraíba e os europeus ficaram conhecidos por esse nome. Até hoje, muitos grupos indígenas chamam os não-índios de Caraíba.

Os jesuítas vieram para convencer os índios a se tornarem católicos.
Os jesuítas - padres enviados ao Brasil com a missão de convencer os índios a se tornarem católicos - aproveitaram-se dessa associação do europeu com os grandes pajés nativos, para facilitar seu trabalho. O discurso e as práticas dos padres, como José de Anchieta, concorriam com os dos pajés. Muitos grupos indígenas foram convencidos a abrigar-se nos aldeamentos jesuítas sob a proteção espiritual dos missionários. Outros fugiram para o interior, para escapar tanto dos padres como dos soldados portugueses.

Os motivos para a drástica diminuição da população indígena.
Esse medo tinha razão de existir. Alguns autores estimam que havia cerca de um milhão de índios na costa brasileira, em 1500. Um século depois, essa população havia praticamente desaparecido. A maior parte morreu nas guerras de conquista, por maus-tratos e pelas doenças trazidas pelos conquistadores.


2) A questão central do texto é
A) papel real do europeu como conquistador e não como descobridor do Brasil.
B) povo indígena e a importância de sua riqueza cultural.
C) trabalho dos jesuítas na catequização dos indígenas.
D) uso da inimizade entre grupos indígenas a favor dos interesses europeus.
E) a missão dos jesuítas, padres enviados ao Brasil, de convencer os índios a se tornarem católicos.
Gabarito A

TÉCNICA PARA EXTRAIR AS IDEIAS PRINCIPAIS DO TEXTO: RESUMO
Para aprender a extrais as principais ideias de um texto, uma boa técnica é o resumo. Resumir é ler um texto, analisá-lo, para depois escrever em poucas linhas o que é mais importante, ou seja, as ideias principais do texto. Importante saber que, quando faço um resumo, não faço comentários ou julgamentos.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
as partes essenciais do texto;
a progressão em que elas aparecem no texto;
a correlação entre cada uma das partes.
Existem basicamente 4 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização, a construção e o sublinhar..Veja a seguir, exemplos de como utilizar essas técnicas na hora de fazer um bom resumo.

APAGAMENTO
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos  e locuções adjetivas e os advérbios e locuções adverbiais, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O ritmo de vida atribulado, com uma rotina cada vez mais atribulada e cansativa  em razão das inúmeras atividades escolares e extracurriculares, como cursos de idiomas  têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas. Somado a isso, há a má utilização do tempo livre, geralmente gasto com horas em frente à televisão, computador ou videogame.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx
Sendo esse o parágrafo a ser resumido através do apagamento, poderia ficar assim:
O ritmo de vida atribulado em razão das inúmeras atividades escolares e extra-curriculares, têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas.


GENERALIZAÇÃO
A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
Consumo excessivo de doces, fast-foods e snakcs (pequenos lanches, geralmente nada saudáveis, entre as refeições) são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

As palavras em destaque são doces, fast-foods e snakcs.   Então, o resumo do parágrafo poderia ficar assim:
Consumo excessivo de lanches nada saudáveis são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos.

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CONSTRUÇÃO
A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
“A atividade física é muito importante e fundamental na vida da criança e do adolescente, uma vez que o exercício acelera o metabolismo, ajuda no crescimento e desenvolvimento psicológico e do corpo, evitando o estresse e motivando-os a desenvolver outras atividades. Além disso, o exercício físico pode representar um momento de lazer e descanso das atividades habituais. Promove o desenvolvimento social, trazendo bem-estar, assim como inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

Todos os benefícios físicos e psicológicos indicados pelo texto podem ser sintetizados, e o resumo do parágrafo poderia ficar desta forma:
A atividade física na vida da criança e do adolescente traz inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.

SUBLINHAR
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar. Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir daí, aplique as três técnicas: apagamento, generalização e construção, para reescrevê-lo.
“Ainda que o fator genético tenha grande importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, estudos recentes mostram que os hábitos alimentares influenciam de forma considerável no metabolismo das crianças. Quando elas se habituam a comer corretamente e entendem, de fato, a importância da alimentação saudável em sua vida, podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.
Alimentação saudável na infância e adolescência. Por: Danielle Dutra Izac. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

Juntando as palavras e frases que foram sublinhadas no exemplo acima, nosso resumo poderá ficar assim:
“O  fator genético é importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, mas os hábitos alimentares influenciam no metabolismo das crianças. Quando entendem a importância da alimentação saudável podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.

Depois, aplicando as técnicas de apagamento, de generalização e da construção, nosso resumo do parágrafo poderá ficar assim:
“O  fator genético e os hábitos alimentares contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil. Os  bons hábitos podem ser levados para a fase adulta.


APÓS A EXPLICAÇÃO, AGORA É A SUA VEZ!
Faça o resumo do texto. Para isso, utilize as técnicas do apagamento, da generalização, da construção e do sublinhar. Assim você também estará exercitando sua leitura sobre a ideia principal e secundária dos parágrafos.

Alimentação saudável na infância e adolescência

A realidade entre crianças e adolescentes mostra um caminho contrário ao da busca pela saúde. Sobrepeso e obesidade crescem cada vez mais nesta parcela da população, preocupando a saúde pública.
Consumo excessivo de doces, fast-foods e snakcs (pequenos lanches, geralmente nada saudáveis, entre as refeições) são hoje rotina na vida das crianças e adolescentes modernos. Rodeados pela forte influência da mídia  que incentiva cada vez mais o consumo de alimentos ricos em gorduras e com alto valor calórico , tornam-se presas fáceis das grandes indústrias alimentícias.
O marketing e a publicidade das indústrias de alimentos são tão fortes que os produtos anunciados acabam se tornando referência em alimentação para crianças e adolescentes, ainda na fase de desenvolvimento psicológico. Fatores biológicos, como pré-disposição genética, ou psicológicos, como distúrbios, chateações, problemas e situações cotidianas também são os vilões na busca de uma vida mais saudável.
 Os fatores socioeconômicos facilitam a compra de alimentos mais caros, mas, nem por isso, mais saudáveis. Já os fatores sócio-comportamentais englobam todo o ambiente em que a criança está inserida, como a casa, a escola e toda influência que a mesma sofre neste ambiente.              Essa realidade do surgimento do sobrepeso e obesidade entre os jovens, pelo excesso de consumo de alimentos de alto valor calórico e baixo consumo de frutas, leguminosas e hortaliças é uma realidade bastante triste e preocupante para os pais. É o que mostram estudos recentes sobre a alimentação e estado nutricional de crianças e adolescentes. Cada vez mais cedo, estes vêm desenvolvendo doenças que antes eram comuns somente em adultos.            Além do sobrepeso e da obesidade, é comum encontrar crianças com estas doenças associadas a outras patologias, como hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes, hipotireoidismo e outros distúrbios hormonais. Existem ainda co-morbidades que podem representar risco para o crescimento e desenvolvimento das crianças. Estudos mostram que a presença dessas patologias pode afetar o metabolismo infantil, atrapalhando o crescimento e desenvolvimento, podendo também acarretar doenças futuras na fase adulta.
 Para ambos os sexos, quanto mais precoce é o início do distúrbio do peso, maior a susceptibilidade ao desenvolvimento de sobrepeso e obesidade na vida adulta, sendo a faixa de 4 a 8 anos de idade a de maior ocorrência. E esse quadro pode ser ainda mais agravado caso a criança seja sedentária.
O ritmo de vida atribulado, com uma rotina cada vez mais atribulada e cansativa  em razão das inúmeras atividades escolares e extracurriculares, como cursos de idiomas  têm feito os jovens terem cada vez menos tempo e disposição para a prática de atividades físicas. Somado a isso, há a má utilização do tempo livre, geralmente gasto com horas em frente à televisão, computador ou videogame.
A atividade física é muito importante e fundamental na vida da criança e do adolescente, uma vez que o exercício acelera o metabolismo, ajuda no crescimento e desenvolvimento psicológico e do corpo, evitando o estresse e motivando-os a desenvolver outras atividades. Além disso, o exercício físico pode representar um momento de lazer e descanso das atividades habituais. Promove o desenvolvimento social, trazendo bem-estar, assim como inúmeros benefícios à saúde e à qualidade de vida.
A população infantil é, do ponto de vista socioeconômico e cultural, dependente do ambiente em que vive, que é, na maioria das vezes o ambiente familiar. Suas atitudes sempre serão reflexo deste ambiente, ou seja, a criança observará os exemplos que tem em casa e seguirá estes exemplos. Quando o ambiente em que a criança está inserida não é favorável, essa situação pode desencadear distúrbios alimentares, desenvolvimento de sobrepeso e obesidade e até mesmo a desnutrição infantil.
Cabe aos pais se preocuparem e se conscientizarem com a saúde, bem-estar e qualidade de vida de seus filhos. Vale lembrar que as boas atitudes e exemplos começam em casa: proporcionar uma boa alimentação desde que a criança é ainda bebê pode ajudá-la a crescer e se desenvolver com mais saúde. Um bom exemplo é a amamentação, pois estudos confirmam que o consumo adequado do leite materno é um fator protetor contra a obesidade infantil.
Daí a importância de estipular horários adequados para cada refeição, sem pular nenhuma delas. Além disso, é imprescindível observar as preferências alimentares das crianças e adolescentes  o que eles costumam colocar no prato , incentivar o consumo de alimentos saudáveis e explicar a importância de uma alimentação saudável para um bom crescimento e desenvolvimento do organismo em sua fase de crescimento.
Ainda que o fator genético tenha grande importância para o desenvolvimento da obesidade infantil, estudos recentes mostram que os hábitos alimentares influenciam de forma considerável no metabolismo das crianças. Quando elas se habituam a comer corretamente e entendem, de fato, a importância da alimentação saudável em sua vida, podem levar esses bons hábitos para a fase adulta.
Mas não basta proibir o consumo de certos alimentos. O certo é explicar, conscientizar a criança ou o adolescente da importância de uma alimentação saudável e, principalmente, dos malefícios que trazem o excesso do consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e de alto valor calórico.
E, ainda que, a longo prazo, os resultados virão. Além de uma melhor a qualidade de vida, bem-estar e saúde, estes jovens diminuirão os riscos de patologias e problemas futuros, tornando-se adultos mais saudáveis.

IZAC,  Danielle Dutra.Jornal Conversa Pessoal, ano VIII, nº 97, dez. 2008. In: http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal97/nutricao_infancia.aspx

SUGESTÕES
PROFESSOR,
Converse com os alunos sobre as técnicas de resumo indicadas nesta proposta, explicando cada exemplo detalhadamente. Depois, peça-lhe que colem uma reprodução destas folhas no caderno, para que possam tirar dúvidas sobre como utilizar as técnicas, sempre  que necessário. A partir desse momento, proponha que eles façam o resumo do texto coletivamente e com sua coordenação. Depois, proponha-lhes que façam resumos de outros textos, principalmente, informativos. Para isso, você pode sugerir que eles resumam textos dos conteúdos de outras disciplinas: Ciências, Biologia, História, Geografia, etc. Os primeiros resumos podem devem ser feitos coletivamente e sob sua coordenação direta. Quando sentir que os alunos estão conseguindo utilizar de forma mais autônoma as técnicas de resumo, proponha resumos em grupos, duplas, e, finalmente, o individual. O habito de fazer resumos é importante porque contribui, dentre outras coisas, para o desenvolvimento da habilidade de identificar o tema principal de um texto.

QUESTÕES SOBRE O DESCRITOR (D27)

1. Leia o texto.
                                         Animais no espaço
            Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas.

Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.
Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial.
Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições.
                                                  (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)
Entre as informações do texto acima, uma das principais é que
A) o chimpanzé mais famoso viajou para o espaço a bordo da Mercury-Atlas 5.
B) os cientistas descobrem problemas que podem acontecer com as pessoas.
C) a cadela Laika viajou ao espaço quatro anos depois de Gagarin.
D) a viagem do mais famoso macaco para o espaço aconteceu em 1961.
E) na nave espacial serviam pastilhas de banana durante as refeições.
Gabarito B

2) Leia o texto a seguir, buscando encontrar qual é o seu assunto principal

Anvisa restringe celebridade em propaganda de remédio
 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma nova resolução que, entre outras medidas, proíbe a exibição de imagem ou voz de celebridades recomendando medicamento isento de prescrição ou sugerindo seu uso em propagandas. Segundo nota da agência, os artistas famosos poderão aparecer nas peças publicitárias, mas sem fazer esse tipo de orientação. A recomendação de remédios de forma não declaradamente publicitária em filmes, espetáculos teatrais e novelas estão proibidos. Não será possível usar expressões como tome, use, ou experimente.
Disponível em Acesso em: www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2008/12/18/30745,anvisa-restringe-celebridades-em-propagand-de-remedio.html. Acesso em 15/03/2015.

A informação central do texto 1 é que a ANVISA proibiu a
A) presença de famosos em propagandas de medicamentos.
B) recomendação indireta do uso de medicamentos, em propagandas com a presença de famosos.
C) exibição de propagandas de remédios em teatros e filmes.
D) presença de expressões como tome, use ou experimente em propagandas comerciais.
Gabarito D

3) O texto 1 informa que os artistas famosos poderão aparecer nas peças publicitárias, mas sem fazer esse tipo de orientação. A expressão destacada pode ser substituída, sem mudar o sentido do texto, por
A ) propagandas de medicamentos em filmes, espetáculos teatrais e novelas.
B ) indicação de remédios de forma não declaradamente publicitária.
C ) uso das expressões tome, use ou experimente.
D ) recomendações ou sugestões de uso de medicamentos.

Gabarito C


























































































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